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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Número de empresas do Brasil exportando pela 1ª vez mais que dobra em 2016


Maioria das companhias que estrearam no mercado externo 

realizaram remessas de até US$ 1 milhão, aponta estudo.

Por Karina Trevizan *, G1
 
om o consumo em baixa no Brasil, o número de empresas locais de olho no mercado externo aumentou durante a crise. Em 2016, a quantidade de companhias que exportaram produtos pela primeira vez mais que dobrou, e atingiu o maior valor já registrado.
No ano passado, 4.843 empresas brasileiras venderam produtos para outros países pela primeira vez – um aumento de 149% em relação a 2015. Antes, o aumento do número total de empresas exportadoras brasileiras havia sido de 7,3% - de 10.289 em 2015 para 11.048 em 2016. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Investe São Paulo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), divulgado ao G1.
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
A pesquisa também mostra que aumentou a proporção de empresas estreantes entre o total de exportadoras. Em 2016, 43% de todas as exportadoras brasileiras fizeram esse tipo de operação pela primeira vez, contra 18% do ano anterior.
Sérgio Costa, diretor de novos negócios da Investe São Paulo, aponta que, além do consumo mais fraco no Brasil, a desvalorização do real nos últimos anos em relação dólar também despertou o interesse das empresas pelo mercado externo. “A desvalorização cambial abriu uma janela de possibilidades, porque tornou o produto brasileiro mais competitivo lá fora do ponto de vista do preço.”
Adriana Rodrigues, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aponta que o aumento da quantidade de empresas interessadas em ingressar no mercado interno foi muito perceptível em 2016.
Ela é coordenadora do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Apex, que atende, em média, 3 mil empresas por ano prestando consultoria a quem deseja exportar. Somente em 2016, 2.145 das empresas atendidas estavam à procura de orientação para exportar pela primeira vez.
“Provavelmente o resultado disso vai ser visto agora em 2017, porque o processo de exportação leva um tempo não só na preparação da empresa, mas também na negociação. A gente teve em 2016 um crescimento no interesse. Em 2017, vamos ter um número expressivo de novas empresas exportando”, prevê Adriana.
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)

O perfil das estreantes

Segundo o levantamento da Investe São Paulo, quase todas as empresas que estrearam no mercado externo em 2016 realizaram remessas de até US$ 1 milhão. Apenas 6% dos exportadores iniciantes, aproximadamente, fizeram operações acima desse valor.
A pesquisa também aponta que São Paulo liderou o avanço. Das 4.843 empresas que exportaram pela primeira vez, 2.010 são paulistas – ou 41%.
Uma das empresas paulistas que entraram no mercado externo em 2016 foi a NSF, que é de São Carlos, tem 450 funcionários e fabrica prateleiras para supermercados. No ano passado, a empresa fez uma venda no valor de US$ 170 mil para o Paraguai, sua primeira remessa internacional.
A empresa não informou quanto isso representa em seu faturamento total do ano. De qualquer forma, Walcenir Queiroz, gerente de vendas da empresa, diz que não seria correto dizer que esse valor “salvou” a companhia do desaquecimento do mercado interno brasileiro em meio à crise, mas “mostrou que existem outros caminhos”. “O resultado foi muito positivo, uma demonstração de que temos capacidade, produto de qualidade para atender o mercado externo, principalmente na América Latina.”
“Quando o mercado brasileiro estava com uma demanda muito boa, há cerca de 12 anos, nós não tínhamos como atender aos dois segmentos”, diz Queiroz, referindo-se aos mercados interno e externo. A partir de 2014, quando o consumo no Brasil passou a dar sinais de recuo, “a empresa começou a perceber que dava para atender o mercado externo”, conta o gerente de vendas.
Após a primeira remessa para o Paraguai em 2016, a NSF tentou ainda exportar para a Colômbia, mas perdeu a concorrência para uma empresa alemã. Mesmo assim, a companhia segue com projetos para exportar para o país, com representante comercial local para buscar novos negócios por lá. A NSF também se prepara para negociar com empresas compradoras no Chile.
“Agora, falta realmente nos estruturarmos, arrumarmos pessoas que nos representem nesses países. Isso é um processo que demanda um pouco mais de tempo, e eventuais participações em feiras de negócios”, diz Queiroz.
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Há também empresas grandes na lista de empresas que exportaram pela primeira vez em 2016. Do setor automotivo, três fabricantes de automóveis instaladas no Brasil exportaram pela primeira vez no ano passado.
A Nissan, sediada em Resende (RJ) enviou 3.690 unidades dos modelos March e Versa para Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. No início de fevereiro, a marca de origem japonesa anunciou o início das exportações também para a Argentina. De acordo com a fabricante as exportações representam cerca de 10% de toda a produção na unidade.
A Hyundai Motor Brasil, que tem fábrica em Piracicaba (SP), vendeu 1.212 unidades da família HB20 para o Paraguai e o Uruguai. Já a alemã BMW firmou acordo com os Estados Unidos para exportar 10 mil carros feitos em Araquari (SC) ao país. Até o final de 2016, foram enviados 3,7 mil veículos do modelo X1.

Primeiros passos

Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Adriana Rodrigues e Sergio Costa apontam que entre as principais dificuldades para as empresas que querem começar a exportar, especialmente entre as pequenas e médias, está o acesso à informação. “O maior impasse é o desconhecimento sobre os processos que é preciso preparar dentro da empresa com vista a torná-la apta para a exportação", diz Costa.
“O segundo ponto é a disposição para preparar e adaptar o produto a outros mercados", acrescenta Adriana. "E isso inclui, muitas vezes, mudar a produção, o modelo de negócios.” Costa complementa apontando que as empresas precisam ter em mente as normas técnicas e sanitárias dos países para os quais se pretende vender os produtos.
Para auxiliar nessas etapas, muitas companhias acabam contratando um profissional como “trader” ou empresa consultora para a exportação. A NSF foi assessorada pela Investe São Paulo e participou do Peiex até conseguir a primeira venda externa em 2016. “De 2014 a 2015, estávamos vislumbrando uma forma de atender o mercado externo, mas nós não tínhamos um caminho”, diz Walcenir Queiroz.
Outra empresa especializada em viabilizar exportações de produtos de outras companhias é a MaxxiBrands, que em 2016 trabalhou nas transações de 3 que exportaram seus produtos pela primeira vez. “Em outubro, a MaxxiBrands fez sua primeira exportação direta, para Angola. Desde então, já embarcamos calçados para esse país, além de roupas de praia e fitness para a Bolívia, sacos plásticos de mudas de plantas para Cuba e estamos fechando novos negócios no setor de alimentos na Colômbia”, conta o empresário Luiz Magno.
Magno aponta que “a maioria das indústrias só está procurando exportar depois que a crise bateu, tentando compensar a queda do mercado interno”, mas defende que “o ideal é que as exportações já façam parte do plano de negócios”. Sergio Costa também defende a importância estratégica das exportações, e não apenas “emergencial”. “Nos últimos anos, empresas brasileiras faziam exportação uma vez e abandonavam sua presença no mercado internacional. O concorrente pega aquela fatia, e depois é muito difícil recuperá-la.”
* Colaborou André Paixão

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Rodada de negócios com Emirados Árabes Unidos gera expectativa de investimentos.










Mais de 50 empresas participaram na tarde desta segunda-feira (23) de rodada de negócios realizada em Brasília pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos. Empresários saíram do evento com perspectivas de conclusão de negócios. O interesse das empresas brasileiras em parceiros estrangeiros para seus negócios oscilou desde participações no valor de US$ 2 milhões até aproximadamente US$ 50 milhões.
O evento Brazil-United Arab Emirates Agribusiness Investor Road Show é um dos resultados da missão realizada neste ano, no mês de maio, pelo ministro Blairo Maggi com o objetivo de aumentar a parceria com o país, explicou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Luiz Ribeiro e Silva.
Empresas brasileiras do setor agropecuário e investidores da delegação vinda de Abu Dhabi contemplavam interesse dos investidores em setores de frutas, orgânicos, lácteos, proteína animal, arroz, milho, outros grãos e sementes, alimentos processados, além de energias alternativas.
A missão dos Emirados Arábes Unidos teve a presença do diretor-geral do Centro de Defesa Agropecuária do país, Khalifah Al Ali. A expectativa é de que as conversas sejam retomadas para eventuais fechamentos de negócios depois que os investidores retornarem ao seu país, detalhando as possibilidades que foram discutidas aqui no Brasil.
O evento foi uma iniciativa da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa e faz parte do Programa Agro+ Investimentos, ação que visa a atração de investimentos diretos externos e identificar oportunidades no agronegócio brasileiro.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa

http://www.investexportbrasil.gov.br/rodada-de-negocios-com-emirados-arabes-unidos-gera-expectativa-de-investimentos

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Rodadas de negócios do Ciclo de Exportação SP superam expectativas e faturam US$ 17,8 milhões














São Paulo – As 90 empresas que participaram das rodadas de negócios do Ciclo de Exportação São Paulo, que aconteceu entre os dias 16 e 18 de outubro, estão comemorando uma expectativa de negócios de US$ 17,7 milhões, mais que o dobro dos US$ 8,2 milhões previstos inicialmente pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O encontro reuniu, em um único evento, os esforços de promoção de exportações realizados pela Agência e pelo Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), em parceria com entidades como Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Federação das Indústria do Estado de São Paulo (FIESP), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP), Agência SP Negócios e Prefeitura do Município de São Paulo.
A rodada de negócios contou com 33 tradings e 10 compradores internacionais, e foram realizadas mais de 260 reuniões entre eles e as empresas brasileiras vendedoras. O foco da ação multissetorial foi promoção do comércio internacional para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), mas não foi exclusivo para elas.
A realização do Ciclo de Exportação São Paulo foi possível pela congruência de agendas estratégicas que se realizariam na capital paulista no mesmo intervalo de tempo: a Apex-Brasil realizaria o Brasil Trade, o Conselho Brasileiro de Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) faria o IX Encontro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras e o CIESP/FIESP, a conclusão da Jornada São Paulo Exporta. Ao final, o evento ainda contou com o apoio do SEBRAE-SP.
(*) Com informações da Apex-Brasil
https://www.comexdobrasil.com/rodadas-de-negocios-do-ciclo-de-exportacao-sp-superam-expectativas-e-faturam-us-178-milhoes/

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Missão à Espanha visa aumentar comércio bilateral e atrair investimentos








O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, viaja em missão oficial à Espanha, nesta segunda-feira (16), com objetivo de aumentar o comércio bilateral com o país e atrair investimentos para setores-chaves do agronegócio brasileiro.
A agenda inclui reuniões bilaterais com o secretário geral de Agricultura e Alimentação, Carlos Cabanas Godino, e com a ministra da Agricultura, Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina.
Novacki participará da feira Fruit Attraction 2017, uma das principais portas de entrada do mercado europeu de frutas e vegetais. O Brasil também participará do evento com um estande de 80 m² que servirá de plataforma de apoio para 18 empresas do setor que promoverão os produtos brasileiros.
Terá reunião com os principais importadores e distribuidores de frutas brasileiras na Europa. E irá ao Encontro Empresarial Espanha-Brasil, no Global Fresh Market Forum da feira Fruit Attraction, além de encontrar-se com o presidente do Porto de Las Palmas, Luis Ibarra Betancort.
Integram a comitiva do Mapa o diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias, Alexandre Pontes, o diretor do Departamento Promoção Internacional do Agronegócio, Evaldo da Silva Júnior e o superintendente Federal em Roraima, Plácido Figueredo Neto, além da Coordenadora-Geral de Promoção Comercial substituta, Rosilene Lozzi Bandera.
Farão parte também o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul e presidente do Conselho Nacional de Secretários da Agricultura (Conseagri), Ernani Polo, e o conselheiro chefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Jandyr Ferreira dos Santos Jr.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa

http://www.investexportbrasil.gov.br/missao-espanha-visa-aumentar-comercio-bilateral-e-atrair-investimentos

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

América Latina volta a crescer, embora timidamente, diz FMI


















O panorama econômico global é muito diferente de um ano atrás. Isso se explica por uma melhora nos indicadores dos países desenvolvidos, mas também nos mercados emergentes. A América Latina não escapa a essa tendência global, mas, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), sua recuperação continua sendo incompleta. Entre as economias com previsão de melhora está a brasileira: avanço do Brasil será de 0,7% neste ano, com expectativa de 1,5% em 2018

Em novas projeções divulgadas nesta terça-feira, o FMI elevou em 0,1 ponto percentual a sua projeção de crescimento global para 2017 e 2018, que fica em 3,6% e 3,7% respectivamente, frente aos 3,2% de 2016. A revisão para cima reflete o firme aumento da demanda na ChinaRússia e Brasil. As condições financeiras também são em geral favoráveis para as economias emergentes, que se expandirão 4,6% neste ano e 5% em médio prazo.
A América Latina crescerá a um ritmo de 1,2% em 2017, depois de uma contração de 0,9% em 2016. Isso representa uma melhora de apenas 0,2 ponto em relação ao que se previa três meses atrás. Em 2018, a cifra deve subir para 1,9%, mantendo a projeção de julho passado. Estas taxas, entretanto, mostram a dificuldade da região para render perto do seu potencial.
O Brasil, maior economia do subcontinente, sofreu dificuldades macroeconômicas severas em 2015 e 2016. A recessão do ano passado foi profunda, com uma contração de 3,6%. Daí passa a crescer 0,7% neste ano e duplicará a cifra para 1,5% no ano que vem. A aceleração é atribuída a um rendimento robusto das exportações, graças à desvalorização do real, e ao abrandamento da tendência de contração na demanda interna.
A queda no valor da moeda brasileira decorre de uma política monetária expansiva, a fim de estimular o crescimento com o barateamento dos empréstimos. Mas os economistas do FMI observam também que há preocupação com as reformas em curso e apontam, nesse sentido, a fragilidade dos investimentos. Confiam, em todo caso, que elas contribuam para uma recuperação gradual da confiança à medida que forem sendo aplicadas medidas que ajudem a sustentar as contas públicas.

Negociação comercial

México, por sua vez, continua mantendo o impulso, apesar das perspectivas negativas na revisão do acordo de livre comércio com os Estados Unidos e Canadá (NAFTA). A quarta rodada de negociações acontece nesta semana em Washington. A projeção, no caso mexicano, foi revista para 0,2 ponto percentual a mais do que a estimativa de julho, chegando a um crescimento de 2,1% – o que ainda é inferior aos 2,3% registrados em 2016. Para 2018, a previsão ficou 0,1 ponto abaixo da estimativa anterior, em 1,9%.
O FMI explica que a mudança na previsão tem a ver com a situação nos EUA. O FMI projeta que a economia norte-americana avançará 2,2% neste ano e 2,3% no próximo. Diferentemente do real brasileiro, o peso mexicano seguiu uma tendência oposta. Valorizou-se 10% graças a uma política monetária mais restritiva (com o encarecimento dos empréstimos, por exemplo) ao abrandamento dos atritos político com os EUA e a uma maior confiança dos investidores.
Quanto à Argentina, a projeção é de uma recuperação sólida do crescimento, que chegaria a 2,5% neste ano. O resultado positivo é visto como fruto das elevações salariais, que estimularam o consumo. Também o investimento se recupera, puxado pelas obras públicas, enquanto o setor exportador se beneficia de um incremento da demanda externa. O FMI prevê que a economia argentina quase repita a expansão de 2,5% em 2018.

Tensões políticas

A estimativa para o Chile é de um crescimento de 1,4% neste ano, por causa da fragilidade do setor minerador, mas a tendência é de que se recupere para 2,5% em 2018, graças a uma melhora da confiança e à redução dos juros. A Colômbia, por sua vez, crescerá 1,7% e depois duplicará esse ritmo no ano seguinte, beneficiando-se dos gastos em infraestrutura, da reforma fiscal e do efeito dos acordos de paz. O PIB peruano registrará alta de 2,7% neste ano e 3,8% no próximo.
O FMI volta a citar as dificuldades para os países exportadores de energia e de matérias primas, que, apesar da estabilização dos mercados, estão tendo dificuldades para se adaptar à nova realidade de preços mais baixos. O relatório também faz referência às tensões políticas e especialmente à “intensificação da crise política e humanitária” que afeta a Venezuela, mergulhada em uma profunda recessão de 12%.
Maurice Obstfeld, economista-chefe do FMI, espera que esta lufada favorável, uma década depois do início da Grande Recessão mundial, sirva como “oportunidade” para a adoção de políticas mais ambiciosas que sustentem o crescimento e tornem a economia mais resistente a choques futuros. O organismo reitera a necessidade de avançar nas reformas estruturais para elevar a competitividade e o investimento em capital humano.

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/10/internacional/1507639595_699470.html