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sexta-feira, 9 de março de 2018

No Paraguai, ministro canadense vai discutir acordo com Mercosul


Bandeira do Canadá
Canadá: o ministro reconheceu que o Canadá tem problemas em acessar o bloco sul-americano (Chris Jackson/Getty Images)
Ottawa – O ministro do Comércio do Canadá, François Phillippe Champagne, desembarcou hoje no Paraguai para iniciar reuniões formais com representantes comerciais do Mercosul, composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Em uma coletiva de imprensa, Champagne disse que o Mercosul seria um novo mercado de US$ 300 milhões para bens e serviços canadenses. Ele reconheceu que o Canadá tem problemas em acessar o bloco sul-americano, por causa de suas “inúmeras barreiras não tarifárias”.
“Nessas negociações, queremos garantir que tenhamos um ambicioso acordo do lado progressista, mas um que seja significativo em termos de bens e serviços”, afirmou.
Brasil e Canadá têm uma história conflituosa no que diz respeito ao comércio, principalmente por causa da rivalidade das fabricantes de aeronaves Embraer e Bombardier, bem como na exportação de carne bovina. Fonte: Dow Jones Newswires.

https://exame.abril.com.br/economia/no-paraguai-ministro-canadense-vai-discutir-acordo-com-mercosul/

quinta-feira, 8 de março de 2018

Acordo Mercosul-Libano ganha novo impulso político dos governos brasileiro e libanês

















São Paulo – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, se reuniu com o presidente do Líbano, Michel Aoun, em Beirute, na terça-feira passada (06), último dia de seu giro por quatro países do Oriente Médio.
Segundo informações do Itamaraty, o chanceler e o presidente “concordaram em dar novo impulso político” para a assinatura de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e o Líbano. De acordo com o ministério, ambos destacaram “a inexistência de obstáculos significativos para a rápida conclusão deste acordo”. As tratativas do bloco sul-americano com o Líbano tiveram início em 2014.
O Mercosul há mais de uma década vem negociando acordos comerciais com países árabes. No entanto, o único que está em vigor é o tratado com o Egito. Já foi assinado também um acordo com a Palestina, mas ele ainda não está valendo, pois não foi ratificado por todas as partes.
Nunes e Aoun conversaram também sobre a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). O Brasil comanda uma força-tarefa marítima vinculada à missão da ONU. Segundo o Itamaraty, o presidente libanês manifestou preocupação com a possibilidade de redução do contingente da missão, pois isso poderia prejudicar o trabalho de manutenção da estabilidade do país.
Na véspera, o chanceler visitou a corveta Barroso, da Marinha do Brasil, nau-capitânia da força-tarefa da Unifil.
Na viagem à região, Nunes passou por Israel, Palestina, Jordânia e Líbano

https://www.comexdobrasil.com/acordo-mercosul-libano-ganha-novo-impulso-politico-dos-governos-brasileiro-e-libanes/

quarta-feira, 7 de março de 2018

Missão empresarial de Taiwan vem a São Paulo para Rodada de Negócios e formar parcerias

















Brasília –  Missão empresarial do Conselho para o Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan (TAITRA) estará em São Paulo no próximo dia 22 de março para participar de Rodada de Negócios que contará com a participação de dirigentes de 37 empresas taiwanesas de setores como os de autopeças, motores, chassis para automóveis, pneus,  materiais elétricos, válvulas e equipamentos contra incêndios, móveis, componentes LED, produtos eletrônicos, equipamentos para fitness e wellness, calçados, fios de poliester, equipamentos de segurança industrial e muitos outros.
Segundo informações do Escritório Comercial do TAITRA em São Paulo, a missão empresarial virá ao Brasil em busca de novos parceiros comerciais, distribuidores para seus produtos e também visando estabelecer joint venture com empresas brasileiras.
Antes de chegar à capital paulista, a missão liderada pelo Diretor-Executivo do TAITRA, James K. J. Chen, participará de Rodadas de Negócios na Cidade da Guatemala (dia 12 de março), em Bogotá (15 de março) e Lima (19 de março). Diversas dessas empresas que integram a missão já participaram de Rodadas de Negócios no Brasil e muitas delas contam com parcerias firmadas com empresas brasileiras.
A vinda da missão empresarial deverá contribuir, em médio e longo prazos, para aumentar as relações comerciais entre Taiwan e o Brasil. Taiwan é um importante parceiro comercial do Brasil e ano passado o país asiático ocupou o décimo-quarto lugar no Ranking das Importações e o trigésimo-nono posto no Ranking das Exportações do país. Em 2017, a corrente de comércio entre os dois países totalizou US$ 3,836 bilhões, com exportações taiwanesas no valor de US$ 2,001 bilhões e vendas brasileiras no montante de US$ 1,835 bilhão.
Nos primeiro bimestre de 2018, as exportações brasileiras para Taiwan registraram uma queda de 19,39% para US$ 163 milhões, enquanto os embarques taiwaneses para o Brasil cresceram 29,03% e totalizaram US$ 388 milhões.
A pauta exportadora brasileira tem uma forte participação dos produtos básicos, responsáveis por 63,5% do volume embarcado para Taiwan, no total de US$ 103 milhões nos meses de janeiro e fevereiro. Já os produtos semimanufaturados ficaram com uma fatia de 30,2% nos embarques e somaram US$ 49 milhões. Os bens industrializados, de maior valor agregado, geraram uma receita de US$ 10 milhões, correspondentes a 5,25% do volume total exportado.
No primeiro bimestre de 2018, os principais produtos exportados para Taiwan foram minérios de ferro (US$ 47 milhões), minérios de cobre (US$ 31 milhões), celulose (US$ 22 milhões), milho em grãos (US$ 20 milhões) e ferro fundido em bruto (US$ 15 milhões).
Em contrapartida, as exportações taiwanesas nesse mesmo período praticamente se concentraram nos produtos industrializados, responsáveis por 97,9% do total embarcado para o Brasil. Os bens semimanufaturados geraram receita no valor de US$ 3 milhões (0,66% do total embarcado) e os produtos básicos com vendas no total de US$ 6 milhões responderam por uma fatia de 1,46% das exportações.

https://www.comexdobrasil.com/missao-empresarial-de-taiwan-vem-sao-paulo-para-rodada-de-negocios-e-formar-parcerias/

terça-feira, 6 de março de 2018

Acordo com o Mercosul faz parte da estratégia do Canadá contra protecionismo de Donald Trump













Brasília – A negociação de um acordo com o Mercosul faz parte da estratégia adotada pelo governo canadense em resposta à mensagem protecionista adotada pelo governo do presidente Donald Trump e especialmente com a sua retirada do TPP. E certamente o Brasil é um parceiro de envergadura considerável para fazer parte dessa estratégia. A opinião é de André Cruz, Gerente de Acordos Comerciais na Thomson Reuters.
Para ele,  “ao Canadá caberá costurar parcerias com diversos outros países do mundo. Não apenas para reduzir a sua dependência dos Estados Unidos, mas também para transmitir ao mundo a mensagem de que o caminho está na adoção, cada vez maior, de medidas mais liberalizantes”
Em sua análise sobre o  lançamento das negociações entre o Mercosul e o Canadá, André Cruz destaca que, exceto pelo andamento das negociações com a União Europeia, pela primeira vez em dezessete anos, e na condição de membro pleno do Mercosul, o Brasil volta a se sentar à mesa para negociar com um player de destaque no comércio internacional. Enquanto isso, nas últimas duas décadas, o Canadá firmou uma série de acordos com diversos países: Guiana (2001), Suriname (2004), Cuba (2007), Índia (2009), Palestina (2010) e Venezuela (2014).
Porto de Halifax
Na opinião de André Cruz, “evidentemente que o Canadá possui um grande peso geopolítico nas suas relações com o mundo e trata-se de um país considerado pioneiro e altamente ativo na busca por novos acordos preferenciais de comércio. Os acordos comerciais firmados pelo Canadá são extremamente ambiciosos em seus objetivos e substancialmente abrangentes em seu escopo”.
Para o analista, “o Canadá é um país aberto para o livre comércio. A prova disso é que, além do NAFTA tem acordos preferenciais com diversos países do mundo, além daqueles acima citados. Na América Latina, tem tratados com Chile, Colômbia, Peru, Costa Rica, Honduras e Panamá. Há também o recente acordo feito com a União Europeia, com o EFTA, além de tratados com Israel, Jordânia e Coreia do Sul, sem falar do TPP”.
Ainda de acordo com André Cruz, “trata-se de um país cuja estratégia comercial tem se focado consistentemente em aumentar o seu escopo de negociações. Tanto no NAFTA quanto no acordo com a Colômbika, os seus escopos cobrem 23 capítulos do Sistema Harmonizado. O TPP e o recente acordo comercial assinado com a União Europeia já cobrem 30 capítulos”.
Foto do Vieux-Port/Montreal
A negociação de um acordo como esse com o Mercosul faz parte da estratégia adotada pelo governo canadense em resposta à mensagem protecionista adotada pelo governo do presidente Donald Trump e especialmente com a sua retirada do TPP. Segundo André Cruz, “ao Canadá caberá costurar parcerias com diversos outros países do mundo. Não apenas para reduzir a sua dependência dos Estados Unidos, mas também para transmitir ao mundo a mensagem de que o caminho está na adoção, cada vez maior, de medidas mais liberalizantes. E certamente que o Brasil é um parceiro de envergadura considerável para fazer parte dessa estratégia”.
Além disso, é importante lembrar que as exportações canadenses são bastante concentradas e muito dependentes das commodities e, por isso, ressalta André Cruz, “eles buscam, com todo esse processo de assinaturas de novos acordos comerciais, uma diversificação do seu comércio exterior, tanto no aspecto setorial quanto geográfico. No entanto, os esforços em relação à expansão geográfica ainda não produziram os efeitos esperados pelo Canadá. Isso é atestado pela sua significativa relação de interdependência com os Estados Unidos. Em 2017, 76% das exportações canadenses tiveram o país vizinho como destino, enquanto 52% das suas importações foram oriundas daquele país”.

https://www.comexdobrasil.com/acordo-com-o-mercosul-faz-parte-da-estrategia-do-canada-contra-protecionismo-de-donald-trump/

segunda-feira, 5 de março de 2018

China diz que não vai ficar de braços cruzados diante de Trump

















“A China não quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se os EUA aprovarem ações que danificam os interesses chineses, a China não ficará de braços cruzados e tomará as medidas necessárias”, afirmou em entrevista coletiva Zhang Yesui, porta-voz do plenário da Assembleia Nacional Popular (ANP, legislativo).
Zhang avisou também que “as políticas baseadas em juízos ou presunções equivocadas danificarão as relações e trarão consequências que lugar algum gostaria de ver”.
Essas manifestações vêm depois Trump ter anunciado ao longo da semana que o governo americano acrescentará tarifas à importação de aço e alumínio e dito que as guerras comerciais “são boas”.
Zhang lembrou que o total de trocas comerciais entre ambas as potências econômicas alcançou mais de US$ 580 bilhões em 2017, por isso “é natural que haja alguns atritos”.
No entanto, insistiu que a cooperação é a única saída para essas diferenças e citou como exemplo a visita a Washington realizada nessa semana pelo principal assessor econômico do governo chinês, Liu He, para uma série de reuniões com responsáveis do governo americano.
“É importante que ambas as partes percebam as intenções estratégicas recíprocas de forma correta e com mente aberta”, ressaltou Zhang na entrevista coletiva prévia à abertura do plenário anual da ANP, que começará na segunda-feira e terminará no dia 20 de março.

https://exame.abril.com.br/economia/china-diz-que-nao-vai-ficar-de-bracos-cruzados-diante-de-trump/