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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Missão do Egito vem ao Brasil prospectar negócios no contexto do acordo com o Mercosul




















São Paulo – Uma delegação governamental e empresarial egípcia estará em São Paulo nos dias 07 e 08 de dezembro para promover um seminário sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito, que entrou em vigor em setembro, e para participar de rodada de negócios com empresas brasileiras.
Dominic Chavez/Banco Mundial

Setor têxtil estará representado na missão
O chefe do Escritório Comercial do Egito em São Paulo, Mohamed Elkhatib, disse que o grupo será composto por cinco representantes do governo, entre eles o diretor do Serviço Comercial Egípcio (ECS, na sigla em inglês), órgão do Ministério da Indústria e Comércio, Ahmed Antar, e a diretora da Agência de Desenvolvimento de Exportações do país (EDA, na sigla em inglês), Sherine El Shorbagy.
Do setor privado, a delegação contará com executivos de dez empresas dos ramos de material de construção, têxteis, agronegócio e produtos químicos. “Eles querem explorar oportunidades para fazer mais negócios com o Brasil e também se beneficiar do acordo com o Mercosul”, observou Elkhatib.No dia 08, na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, serão realizados o seminário, pela manhã, e a rodada de negócios, à tarde. “Vamos realizar uma discussão para ver o que podemos fazer para promover o comércio e os investimentos entre o Mercosul e o Egito após a entrada em vigor do acordo”, destacou Elkhatib.
“Há muitas oportunidades no Brasil e no Mercosul a explorar”, comentou.As inscrições estão abertas para empresas brasileiras que queiram assistir ao seminário e participar da rodada de negócios (ver detalhes abaixo). “É uma oportunidade para conhecer um pouco mais o acordo Mercosul-Egito, para aproveitar as oportunidades criadas pelas desgravações tarifárias e também para conhecer um pouco o potencial do Egito como mercado exportador”, ressaltou o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.Além das oportunidades criadas pelo acordo, o governo do Egito quer divulgar o ambiente de negócios do país e as possibilidades de investimentos, com destaque para a nova legislação sobre o tema aprovada recentemente.
No dia 07, a delegação irá se encontrar com representantes de órgãos estatais brasileiros e de entidades setoriais.As exportações do Brasil ao Egito somaram mais de US$ 2 bilhões de janeiro a outubro, um aumento de 32% sobre o mesmo período do ano passado.
Os principais itens embarcados foram açúcar, carne bovina, milho, carne de frango e minério de ferro.Na outra mão, o Egito vendeu ao Brasil o equivalente a US$ 140 milhões, um aumento de 91,6% na mesma comparação. Os principais itens da pauta são fertilizantes, naftas e azeitonas.
Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Serviço
Encontro Empresarial Brasil-Egito
Dia 08 de dezembro, sexta-feira, das 09 às 12 horas (seminário) e das 12 às 15 horas (rodada de negócios)
Na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Avenida Paulista, 283, 11º andar, Bela Vista, São Paulo, SPMais informações com Tamer Mansour
Tel.: (11) 3145-3222E-mail: tmansour@ccab.org.br
(*) Com informações da ANBA

https://www.comexdobrasil.com/missao-do-egito-vem-ao-brasil-prospectar-negocios-no-contexto-do-acordo-com-o-mercosul/

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Mercosul oferecerá queda gradual de tarifas a UE em acordo



















Buenos Aires – O Mercosul oferecerá à União Europeia uma redução gradual das tarifas de compras de seus produtos em menos de 10 anos, mas espera um “incremento substancial” da cota de exportação de carne do bloco sul-americano, disse um funcionário argentino que participa das negociações para um acordo comercial entre os dois blocos.


A nova proposta implica em uma redução mais rápida do que a redução de tarifas em um período maior de 15 anos oferecida anteriormente pelo Mercosul, disse o secretário de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina, Horacio Reyser, em entrevista à Reuters.

“Em algum momento da rodada de negociação, vamos apresentar um exercício de aceleração (da redução), isto é, vamos apresentar um percentual do comércio substancial em cestas de redução de menos de 10 anos, até chegar a zero”, afirmou Reyser.

Mas Reyser também disse que espera um “incremento substancial” na oferta de uma cota de 70 mil toneladas anuais de carne bovina sem a cobrança de tarifas proposta pela UE em outubro, uma proposta considerada decepcionante pelo setor de alimentos, crucial para a economia do Mercosul.

Logo que essa oferta foi divulgada, o ministro argentino da Agroindústria, Luis Etchevehere, que até semanas atrás liderava um importante grupo de produtores, declarou à Reuters que esperava conseguir uma cota de cerca de 400 mil toneladas.

Um diplomata europeu com conhecimento das negociações disse à Reuters nesta semana que a UE melhoraria sua oferta para a carne, mas que será inferior a 100 mil toneladas. Reyser se recusou a responder se essa cifra lhe parecia razoável.

Tanto os governos do Mercosul –formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai–, como os líderes da UE têm dito que buscam assinar um acordo comercial até o fim deste ano.

O Mercosul entregou neste mês ao vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, uma lista que coloca números em todas as expectativas do bloco para alcançar um acordo, disse Reyser, que se recusou a revelar números, alegando que são confidenciais.

Caso se chegue a um acordo, ele entraria em vigor a partir de 2019, já que exige a aprovação do Parlamento de todos os países envolvidos, estimou Reyser.

“Pode levar no mínimo um ano, um ano e meio até que tudo isso se ratifique”, afirmou Reyser, que na próxima semana viajará a Bruxelas para uma nova rodada de negociações.

https://exame.abril.com.br/economia/mercosul-oferecera-queda-gradual-de-tarifas-a-ue-em-acordo/

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sem acordos internacionais, Brasil perde espaço no comércio global

















SÃO PAULO E BRASÍLIA - Sem acordos internacionais de peso e sendo considerado um dos países mais fechados do mundo, o Brasil vem perdendo ano a ano espaço no comércio internacional. O País, que em 2011 chegou a ter uma participação de 1,4% nas exportações e importações globais, viu essa fatia cair para 1,1% no ano passado. Entre os maiores exportadores, chegou a ocupar a 22.ª posição em 2013, mas caiu para o 26.º posto no ano passado, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Embora esteja encolhendo lá fora, o Brasil vive um momento em que exporta bem mais do que compra do exterior. De janeiro a outubro, o saldo foi positivo em US$ 58,5 bilhões – o maior superávit da série histórica. Só que o desempenho se deve, sobretudo, ao crescimento dos preços das commodities. Nos produtos de maior valor agregado, o País ainda sofre com a falta de competitividade.
“Comemorar a alta nas exportações é correto, mas o fato de o Brasil ser fechado cobra um preço caro na qualidade das nossas exportações. Só exporta bem quem consegue importar sem tantas barreiras”, diz a professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Lia Valls.
Especialistas consultados pelo Estado lembram que o Brasil é corretamente retratado pela OMC como uma economia amplamente movida pelo mercado interno. “Temos um mercado consumidor grande e é até natural que as empresas nacionais se voltem para ele”, diz Lia.
Ao se considerar a participação das importações no PIB (indicador construído pelo Banco Mundial), de 12,1% no ano passado, o Brasil acaba figurando na lista dos países mais fechados do mundo. O porcentual é menos de um terço que o do México, por exemplo.
“O baixo grau de integração ao comércio mundial desestimula tanto a inovação quanto a competitividade internacional das empresas”, afirma Sandra Rios, do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes). “Isso reflete a política comercial brasileira, que privilegia o desenvolvimento de uma indústria integrada verticalmente e voltada para o mercado interno.”
O resultado desse cenário é a má alocação dos recursos produtivos, a baixa incorporação de avanços técnicos e a reduzida inserção no comércio internacional de manufaturados. “Na saída da recessão econômica, o País continua dependente do mercado doméstico para a retomada do nível de atividade da indústria”, diz Rios.
Plano B. Com o mercado interno em baixa nos últimos anos, o que os analistas esperavam era que houvesse uma explosão no número de empresas brasileiras exportadoras em todos os níveis, mas isso não ocorreu.
Mais de 300 empresas deixaram de exportar nas maiores faixas de valor, acima de US$ 5 milhões, entre 2013 – quando a recessão ainda não tinha começado – e outubro deste ano. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
A Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, e uma das principais exportadoras de manufaturados do País, viu suas vendas externas de compressores para refrigeração caírem 40% nos últimos cinco anos (leia mais na B3).
O crescimento no número de exportadores ocorreu apenas na base, entre os que comercializaram até US$ 5 milhões no ano. Essas empresas de menor porte foram as que ajudaram a puxar o total de exportadores. Em 2013, 21,8 mil companhias venderam ao exterior, considerando todas as faixas. Neste ano, até outubro, o total chegou a 24,3 mil.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicada em 2016, ajuda a entender alguns dos problemas do exportador brasileiro para se manter no mercado internacional: custo de transporte e tarifas de portos e aeroportos.
“No passado, a gente reclamava dos países que colocavam barreiras, hoje os maiores entraves são internos”, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele lembra que as exportações brasileiras também são muito concentradas nos países da América Latina. “O Brasil acaba dependendo em dobro das commodities, tanto para melhorar o saldo do País quanto para que seus vizinhos consigam comprar mais produtos brasileiros.” / COLABOROU JAMIL CHADE
Governo admite que abertura está atrasada
Integrantes do governo brasileiro reconhecem que o País está atrasado em abrir o seu mercado e, com isso, desperdiça oportunidades de crescimento econômico. “Depois da abertura do mercado nos anos 1990, as tarifas de importação caíram muito pouco”, observou o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida. 
Ele considera que a maior integração comercial é essencial para impulsionar o crescimento. Citou como exemplo a Embraer, que compete no mercado mundial porque importa o que há de melhor para seus aviões (leia mais abaixo). Uma economia forte, disse, exporta muito, mas também importa muito. 
Essa, porém, não é a realidade de toda a indústria. Setores mais afetados pela competição de importados apontam a elevada carga tributária, a infraestrutura ruim e a falta de crédito para justificar sua fragilidade.
Embora tenha caído duas posições no ranking global do relatório Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil avançou dez posições em facilidade de comércio. Isso é resultado dos poucos avanços na implementação do Portal Único na época em que o relatório foi feito, segundo o secretário de Comércio Exterior, Abrão Árabe Neto. O Portal reúne as duas dezenas de órgãos públicos que atuam no comércio exterior. 
O atual governo também busca ampliar os acordos comerciais do Brasil. O maior deles é o do Mercosul com a União Europeia. Estão na mira o Canadá, o Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), a Coreia do Sul e os países da Asean (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar e Laos). 
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,sem-acordos-internacionais-brasil-perde-espaco-no-comercio-global,70002089464

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Governo lança o StartOut Brasil para internacionalizar 60 startups brasileiras a cada ano




















São Paulo – As startups brasileiras terão, a partir desta sexta-feira, mais um incentivo para se internacionalizar. Foi lançado, em São Paulo, o StartOut Brasil, novo programa do governo federal que levará, por ano, 60 empresas para participar de semanas de imersão nos mais variados ecossistemas de inovação do mundo. O governo investirá R$ 3 milhões por ano no projeto.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) é um dos realizadores do StartOut Brasil. Como explicou o secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, a expectativa do governo é que as empresas tenham um maior volume de negócios no exterior e tragam boas práticas de gestão dos mercados de inovação mais maduros.
Para isso, as empresas selecionadas para participar do programa receberão apoio em todas etapas do processo de internacionalização. “O MDIC, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, Apex-Brasil, Sebrae e Anprotec, estará ao lado das startups do momento de planejamento ao softlanding, que é quando elas chegam no mercado de destino para se instalarem. Nós temos certeza que as empresas irão conquistar o mundo com o StartOut Brasil”, declarou Souza no lançamento do evento.
Primeira missão
A primeira missão será realizada de 3 a 8 de dezembro, em Paris. Uma das empresas selecionadas foi o Portal Telemedicina, uma plataforma que utiliza inteligência artificial para  processamento de exames e informações médicas. Para Rafael Figueroa, CEO da empresa, a viagem a Paris será uma oportunidade para ampliar a rede de contatos no exterior.
“É muito importante as startups brasileiras já nascerem com mentalidade global. Isso nos torna mais competitivos lá fora. E, com certeza, participando de uma missão organizada pelo governo brasileiro, teremos acesso facilitado a especialistas, investidores e empreendedores franceses, o que será muito importante para nosso processo de internacionalização”, disse.
Além da Portal Telemedicina, outras 13 startups irão participar da missão em Paris. Confira a lista: Molegolar, Sellead, N2N Virtual, Asel Tech, Aya Tech, SimbioCheckmob, Synappse Assist, Birdmind, Biosolvit, Ergon Projetos, Noeh e Filho sem fila.
StartOut Brasil
O StartOut Brasil selecionará, por ciclo de imersão, até 15 startups com potencial de internacionalização para participar de missões no exterior. As empresas terão acesso à consultoria especializada em internacionalização, mentoria com especialistas no mercado de destino e treinamento de pitch. Além disso, durante a missão, cumprem agenda de trabalho montada para promover a prospecção de clientes e investidores e a conexão a ambientes de inovação, com visita a aceleradoras e incubadoras. Também são realizados seminários de oportunidades e reuniões com prestadores de serviço. No último dia da missão, é realizado um demoday para investidores.
Quando retornam ao Brasil, as empresas terão apoio para definir sua estratégia de internacionalização e realizar a efetiva instalação no mercado-alvo (softlanding).
Próximos destinos
Em outubro, 13 startups participaram da missão piloto do StartOut Brasil, em Buenos Aires, na Argentina. A iniciativa fez parte de uma ação conjunta entre os governos do Brasil e da Argentina para aproximar os ecossistemas de inovação dos dois países.
Confira a programação completa da missão em Buenos Aires
No ano que vem, serão realizadas quatro missões de internacionalização. Em maio, as startups brasileiras terão a oportunidade de conhecer o ambiente de inovação de Berlim. No segundo semestre, as empresas serão irão a Miami e Lisboa, em agosto e novembro.
(*) Com informações do MDIC

https://www.comexdobrasil.com/governo-lanca-o-startout-brasil-para-internacionalizar-60-startups-brasileiras-cada-ano/