Pesquisar este blog

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Seminário reforça importância da mobilização por avanço da logística reversa no Paraná















Curitiba – Um público de aproximadamente 500 pessoas, incluindo empresários e técnicos de indústrias de diversos segmentos, além de representantes de sindicatos, associações setoriais e do poder público, participam nesta quarta-feira (18), em Curitiba, do 1º Seminário Paranaense de Logística Reversa.
O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), tem o objetivo de apresentar o status da implementação dessa prática no Estado, além de apresentar casos concretos já implantados para a correta destinação de resíduos pós-consumo. O seminário tem como correalizadores a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), o Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) e o Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Paraná (Sinqfar/PR).

Na abertura do evento, o diretor da Fiep, Virgílio Moreira Filho, que representou o presidente da entidade, Edson Campagnolo, destacou o papel da Federação na mobilização do setor industrial paranaense em torno da logística reversa desde 2010, quando foi implantado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “A Fiep, desde a criação do PNRS, tem feito um trabalho incessante junto com a Sema e os sindicatos filiados a esta entidade, justamente para conscientizar as indústrias sobre a importância da coleta de embalagens e resíduos junto aos consumidores”, afirmou.
Foi justamente o PNRS que instituiu a obrigatoriedade da logística reversa, que consiste na implantação de ações para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos pós-consumo ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou para uma destinação ambientalmente adequada. A norma considera que fabricantes, comerciantes, importadores, distribuidores, consumidores e o poder público têm responsabilidade compartilhada nesse processo.
No Paraná, o setor industrial tem se debruçado sobre esse tema desde 2012. Naquele ano, por articulação da Fiep, sindicatos empresariais ligados a diferentes cadeias produtivas assinaram termos de compromisso com a Sema, iniciando as discussões para a elaboração de planos de logística reversa no Estado. Desde então, vários setores avançaram nesse processo, com iniciativas concretas já em andamento. Uma das mais recentes, lançada no último mês de julho, foi a criação do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR), que vai atuar principalmente para a o correto descarte ou reutilização de embalagens das indústrias de alimentos.
O presidente do InPAR, Rommel Barion, ressaltou a importância do seminário para ampliar as discussões sobre a implantação da logística reversa no Paraná. “Os debates darão um panorama do desenvolvimento desse importante assunto para a economia do Paraná”, disse. “Iniciativas como este seminário mostram que a logística reversa pode ser uma alternativa sustentável. Já temos diversas empresas que fazem ações isoladas de logística reversa, mas ainda é possível evoluir nessa questão”, completou.
Quem também participou da abertura do seminário foi o presidente do Sinqfar/PR, Marcelo Melek. Ele afirmou que, no Paraná, a logística reversa já é uma realidade, graças ao trabalho em sinergia que foi realizado pelo poder público e iniciativa privada. “A Fiep teve um papel fundamental nesse processo, porque foi a primeira entidade que encarou a logística reversa e conseguiu traduzir essa necessidade para os sindicatos do Paraná. Ao passo que a própria indústria faz o seu papel de promover a logística reversa e contribuir com o meio ambiente, está contribuindo para toda a sociedade”, declarou.
Melek destacou ainda o programa de coleta e destinação de medicamentos em desuso, desenvolvido pelo Sinqfar/PR com a participação de cinco indústria do setor. “Hoje temos 22 pontos de coleta no Estado. É um processo difícil, em que ainda há muita resistência de algumas empresas, principalmente de outros estados, mas queremos ampliar esse número dentro e fora do Paraná”, explicou.
Já o presidente do Instituto de Logística Reversa (ILOG), Nilo Cini Junior, afirmou que o seminário é um fato importante para aumentar a mobilização em torno dessa prática. “Muitas vezes nos sentimos sós nessa caminhada, mas hoje pode ser um marco para a gente reverter isso. Vejo aqui muitos interessados na logística reversa e o nosso trabalho conjunto pode trazer uma melhora ambiental para o estado do Paraná”, disse.
Também presente na solenidade de abertura, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Antonio Carlos Bonetti, afirmou que o diálogo é o principal instrumento para o avanço da logística reversa no Paraná. “Antes da fiscalização e da repressão, deve vir a educação e a cooperação. O radicalismo não oferece progresso, e no meio ambiente isso é realidade. Por isso trabalhamos muito para buscar entendimentos e avanços”, afirmou. “Neste seminário temos a oportunidade de ouvir o que vem sendo feito por aqueles que já tem iniciativas importantes, mas também para ver o quanto podemos evoluir”, acrescentou.
(*) Com informações da FIEP

https://www.comexdobrasil.com/seminario-reforca-importancia-da-mobilizacao-por-avanco-da-logistica-reversa-no-parana/

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Abertura da indústria a produtos europeus será gradual, afirma ministro

















BRASÍLIA – A abertura do mercado sul-americano para industrializados europeus deverá ocorrer de forma “gradual e responsável”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. “Entramos na etapa decisiva das negociações, e o Mercosul está preparado para buscar acordo equilibrado, que nos amplie oportunidades.”
Tachada no passado como principal foco de resistência ao acordo por temer a concorrência europeia, a indústria brasileira agora vê ganhos na conclusão da atual rodada. “Em uma lista de 1.000 produtos em que o Brasil tem chance de competir na Europa, 67% enfrentam tarifas”, disse o gerente de Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrizio Panzini.
Os aviões da Embraer, por exemplo, precisam pagar tarifa de 3% para entrar na Europa. Os calçados são taxados com até 20% e os produtos químicos, com 3% a 8%. Um acordo ajudaria a reduzir essas tarifas e a dar melhores condições de competição aos produtos brasileiros.
Há ganhos também em outras frentes, como por exemplo o acordo de compras governamentais. Ele vai garantir que, numa lista de produtos comprados pelas administrações públicas europeias, os fornecedores brasileiros tenham as mesmas condições dos fabricantes locais. E vice-versa. Trata-se de um mercado de US$ 1,6 trilhão.
Investimentos. O acordo contempla também regras para facilitar investimentos europeus no Mercosul e vice-versa. “O acordo traz oportunidade para aumentar o investimento europeu no Brasil e gera fluxo de comércio grande”, disse Panzini.
A proposta apresentada pela indústria do Mercosul prevê a redução gradual de tarifas de importação cobradas sobre quase 90% dos produtos. A queda ocorrerá ao longo de 10 a 15 anos, mas em alguns produtos a abertura ocorrerá mais rápido, num prazo de dois a oito anos. Na via oposta, o Mercosul quer que os europeus “zerem” de imediato tarifas de importação que se propuseram a eliminar em prazos como quatro e oito anos.
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,abertura-da-industria-a-produtos-europeus-sera-gradual-afirma-ministro,70002021831