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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Após 7 anos, Argentina ratifica acordo entre Mercosul e Egito

















Buenos Aires – A Argentina ratificou nesta quarta-feira um acordo entre o Mercosul e o Egito, firmado em 2010, para eliminar as tarifas de 60% dos produtos exportados ao país africano, informaram fontes oficiais.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina, o acordo abrangerá 100% das exportações em um prazo de dez anos, representando uma “melhoria competitiva essencial para as empresas que exportam para o Egito”.
Alimentos – como cereais, azeites, carnes, frutas e verduras -, automóveis, produtos para a extração de hidrocarbonetos e máquinas agrícolas são os principais produtos que serão beneficiados com a ratificação do acordo comercial.
O governo do presidente Mauricio Macri lembrou no comunicado que o acordo foi assinado em 2010 entre o Mercosul e o Egito, mas a Argentina era o único país do bloco que não o tinha ratificado.
No ano passado, a Argentina exportou US$ 1,8 bilhão ao Egito, a segunda maior economia da região, com uma perspectiva de crescimento de 6% neste ano.
Por isso, esse acordo é uma oportunidade para os consumidores da região e para os países do Mercosul.

http://exame.abril.com.br/economia/apos-7-anos-argentina-ratifica-acordo-entre-mercosul-e-egito/

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Ministro Meirelles diz que Reino Unido apoia pedido do Brasil para ingressar na OCDE











Brasília – O Brasil conta com o apoio do governo britânico para juntar-se à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo dos países mais industrializados. A afirmação é do ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, que se reuniu hoje (31) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
“Acolho o pedido do Brasil de fazer parte da OCDE”, disse Hammond em pronunciamento conjunto com Meirelles. O ministro britânico também anunciou que dispõe de 80 milhões de libras (R$ 329 milhões) para oferecer ao Brasil em projetos de redução da pobreza.
De acordo com Hammond, o Reino Unido é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil e está interessado em fechar acordos comerciais bilaterais com parceiros tradicionais depois que o país sair da União Europeia. Esse foi o segundo encontro entre os ministros da área econômica do Brasil e do Reino Unido, que também tratou de investimentos em infraestrutura, serviços financeiros e melhorias do ambiente de negócios. O primeiro encontro bilateral entre Brasil e Reino Unido ocorreu em 2015, em Londres.
O ministro britânico disse apoiar a abertura da economia brasileira e as medidas de reforma microeconômica (para reduzir a burocracia) que, segundo ele, aprimorarão a abertura de negócios no país. Hammond anunciou que o governo britânico está disposto a oferecer linhas de crédito para impulsionar projetos ambientais no país.
Destacando que o Reino Unido é um importante parceiro do Brasil, Meirelles disse que a recuperação da economia brasileira abre espaço para investimentos nas concessões de infraestrutura que serão leiloadas no segundo semestre, como energia, óleo e gás. “Fizemos uma reunião bastante produtiva. Discutimos uma série de assuntos relevantes não só para economia brasileira mas, particularmente, para relação bilateral”, disse o ministro da Fazenda.
De acordo com Meirelles, os dois ministros também discutiram a troca de informações tributárias entre cidadãos brasileiros e britânicos, seguros, resseguros, finanças verdes (linhas de crédito para projetos ambientais) e intercâmbio tecnológico para aprimorar serviços financeiros.
(*) Com informações da Agência Brasil
https://www.comexdobrasil.com/ministro-meirelles-diz-que-reino-unido-apoia-pedido-do-brasil-para-ingressar-na-ocde/

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

No melhor mês de julho da história, balança comercial tem superávit de US$ 6,3 bilhões











Brasília – A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,3 bilhões em julho. Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989. O saldo positivo supera o recorde de julho de 2006, quando a balança ficou positiva em US$ 5,659 bilhões.
Os dados foram divulgados hoje (1°) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. De janeiro a julho deste ano, a balança acumula superávit de US$ 42,5 bilhões. O valor também é o maior da história, superando o recorde de US$ 28,2 bilhões registrado de janeiro a julho de 2016.
O governo elevou de US$ 55 bilhões para mais de US$ 60 bilhões a estimativa de superávit da balança comercial para 2017. Caso se confirme, o resultado será o maior anual da série histórica, superando o saldo positivo recorde de US$ 47,5 bilhões verificado em 2016.
O principal motivo para o bom desempenho da balança neste ano é o crescimento dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional). Também aumentaram os volumes exportados de alguns produtos.
A balança comercial tem superávit quando as exportações (vendas do Brasil para parceiros de negócios no exterior) superam as importações (aquisições de produtos e serviços no exterior).
No mês de julho, as exportações brasileiras ficaram em US$ 18,769 bilhões, superando os US$ 12,471 bilhões em importações. As exportações cresceram 14,9% em relação a julho de 2016, segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. Ante junho deste ano, houve queda de 5,1% sob o mesmo critério.
As importações, por sua vez, aumentaram 6,1% na comparação com julho do ano passado e caíram 1% em relação a junho deste ano, também segundo o critério da média diária.
Destaques
Em julho cresceram as exportações de itens básicos (19%), manufaturados (12,6%) e semimanufaturados (8,7%). Entre os itens básicos, foram destaque as vendas de milho em grão (alta de 93,7% na comparação com julho de 2016), minério de cobre (88,2%), petróleo bruto (72%), carne bovina (38,5%), minério de ferro (18,2%) e carne suína (10%).
Nos manufaturados, produtos como óleos combustíveis (273,3 %), tratores (91,7%), máquinas para terraplanagem (83,4 %) e automóveis de passageiros (69,7 %) puxaram a alta das exportações. Entre os semimanufaturados, cresceu a exportação de itens como óleo de soja bruto (94,4 %) e semimanufaturados de ferro e aço (60,1%).
Nas importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes (57,3 %), de bens intermediários (6,8%) e de bens de consumo (3,4%). Por outro lado, caiu a aquisição de bens de capital (22,7%) .
(*) Com informações da Agência Brasil

https://www.comexdobrasil.com/no-melhor-mes-de-julho-da-historia-balanca-comercial-tem-superavit-de-us-63-bilhoes/

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Abertas inscrições para o Rota Global, programa de apoio à internacionalização de empresas











Brasília – Estão abertas as inscrições para o Rota Global, que oferecerá consultoria gratuita para empresas consolidarem ou começarem a atuar no comércio internacional. Até o dia 15 de setembro, negócios de todos os portes e setores podem se inscrever no site do programa para participar da primeira fase, que consiste em um questionário online de avaliação da maturidade de internacionalização da empresa.
O Rota Global é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria a União Industrial Argentina (UIA) e o Parque Tecnológico de Extremadura (Fundecyt-PCTEX), na Espanha, e tem o apoio do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
O Rota Global é executado pela Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), presente em todas as federações estaduais de indústrias, e será financiado com R$ 1,2 milhão obtido junto à AL-Invest, programa da Comissão Europeia (o órgão Executivo da União Europeia)  de fomento à competitividade de micro, pequenas e médias empresas da América Latina.
A meta da primeira etapa é avaliar a capacidade de atuação internacional de pelo menos 500 indústrias (não há limite de inscritos). Todos os candidatos receberão um relatório que identifica pontos fortes e desafios para a inserção internacional.
Inicialmente, o Rota Global estará disponível em 18 estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Podem participar empresas de todos os portes e setores industriais, com níveis diferentes de experiência no exterior. Por se tratar de um programa internacional, empresas da Argentina e da Espanha também serão atendidas pelas instituições parceiras nesses países.
Segunda etapa
A partir do processo de avaliação, o Rota Global selecionará 200 empresas para a próxima fase, que vai até abril de 2018. Neste período, as indústrias receberão consultoria personalizada e gratuita para construir o plano de negócios de apoio à internacionalização ou consolidação da empresa no mercado externo. O objetivo é promover melhorias concretas na operação internacional em pelo menos 100 delas até junho do ano que vem.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o programa é uma grande oportunidade para a indústria brasileira ampliar a participação no mercado internacional, sobretudo pequenas e médias empresas. “O Rota Global vai considerar a realidade de cada empresa no desenho de estratégia que dê chances reais de inserção no mercado internacional. Além disso, é uma consultoria especializada gratuita”, afirma.
Recursos europeus
O AL-Invest é um Programa da Comissão Europeia para fomentar a produtividade e a competitividade de MPMEs, na América Latina como forma de combater a pobreza e a desigualdade social. Na segunda convocatória da quinta edição, foram disponibilizados 4,9 milhões de euros para financiar projetos na região.
Participe
Para participar do Rota Global, basta acessar o site do programa.
Tem dúvidas?
Procure o Centro Internacional de Negócios na Federação das Indústrias do seu estado.
(*) Com informações da CNI

https://www.comexdobrasil.com/abertas-inscricoes-para-o-rota-global-programa-de-apoio-internacionalizacao-de-empresas/

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Debate em evento na Fiesp aborda os desafios da política e do comércio exterior brasileiros




São Paulo – Conduzir a política externa brasileira neste momento não é algo simples. O movimento de volta do protecionismo econômico em alguns mercados externos, os desafios para negociações dentro do Mercosul e a nova ordem econômica que despontará da sua aproximação com a União Europeia, ou a crise na vizinha Venezuela, estão entre os fatores que podem interferir, de maneira negativa, no comércio externo do País.
Na segunda-feira (24 de julho) o Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Coscex) colocou o tema em debate. O objetivo, mais uma vez, foi o de analisar o atual cenário mundial e, a partir dele, identificar os desafios que o Brasil tem de superar hoje para elevar seu fluxo comercial.
“O momento atual é delicado nas relações externas e nas negociações comerciais”, admitiu o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Coscex. A responsabilidade do Brasil será grande nos próximos seis meses, quando estará à frente do Mercosul, avalia. No último dia 21, o Brasil assumiu a presidência rotativa do bloco, na 50ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e Cúpula do Mercosul e Estados Associados, em Mendoza, na Argentina.
“Teremos de completar negociações de contas governamentais dentro do Mercosul, e essa agenda de 21 pontos de barreiras comerciais terá de ser enfrentada”, explica. Mas o maior desafio, em sua avaliação, será a questão da Venezuela.
Em dezembro de 2016, o Mercosul suspendeu a Venezuela do bloco após o país governado por Nicolás Maduro descumprir normas do bloco. Barbosa conta que o Mercosul está enviando uma carta à Venezuela como primeira etapa dentro do procedimento previsto nessa situação, mas, pelas declarações de Nicolás Maduro, diz não saber como o país receberá o documento. “Isso deverá criar uma situação muito delicada para o Brasil”, confessa.
O embaixador Marcos Galvão, secretário-geral de Relações Exteriores, diz que o Itamaraty é uma das instituições brasileiras que continuam funcionando bem e que a política externa tem pressa em apresentar resultados. O Brasil tem mostrado resiliência durante a crise, apesar dos desafios externos e internos que afetam, também, a política externa. A recessão econômica, da qual o país está se recuperando, afetou capacidades essenciais para a presença do Brasil na economia internacional.
De todo modo, a despeito do cenário menos favorável, Galvão é enfático ao garantir que a política externa brasileira não tem perdido prestígio no plano externo, diferentemente do que se possa alardear a respeito. Apresenta números para reforçar sua avaliação. Dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) apontam que o país tem hoje o quinto maior saldo positivo do mundo em comércio, superado apenas por China, Alemanha, Coreia do Sul e Rússia.
Na semana passada, a AEB revisou para cima a projeção de superávit da balança comercial brasileira para um recorde de US$ 63,2 bilhões. Em 2016, as exportações superaram as importações em US$ 47 bilhões.
Retomada dos embarques
Dados do comércio exterior brasileiro indicam forte retomada das exportações neste e no próximo ano. No primeiro semestre de 2017, houve significativo avanço das exportações brasileiras. Nesse período, o Brasil exportou 19,3% mais na comparação com igual período de 2015.  No ano, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) projeta crescimento de 12,8% das vendas externas.
Em ritmo menor, o crescimento das importações até agora foi de 7,3%, “ou seja, um terço da velocidade do aumento das exportações”, diz Galvão.  Por fim, nas informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a média de aumento dos embarques nos países do G-20 – Grupo das 20 economias mais desenvolvidas do mundo – foi de 3%, enquanto no Brasil chegou a 21,5% no último ano.
“O Mercosul não perdeu a relevância como querem fazer crer alguns”, diz Galvão. A Argentina, por exemplo, responde hoje por 50% do crescimento previsto nas exportações brasileiras de manufaturados e se projeta na ordem de 6,8% em 2017. Nos primeiros seis meses deste ano, de todo o volume de manufaturados embarcado pelo Brasil, 20% tiveram como destino final o mercado argentino, e 19,2%, o norte-americano. “A Argentina se tornou o mercado número um das exportações brasileiras de manufaturados”, ressaltou.
Olhando para esses números, cresce a aposta de sucesso nas negociações entre a União Europeia e o Mercosul. O embaixador Ronaldo Costa Filho, diretor do Departamento de Negociações Comerciais Extrarregionais do Itamaraty, ressaltou o empenho do Mercosul e da UE em fechar o acordo até dezembro.
 “A União Europeia parece hoje realmente comprometida com a negociação com o Mercosul, sendo que isso nunca esteve claro no passado”, diz Costa Filho, avaliando que, do lado do Mercosul, há um grande interesse em avançar em uma agenda externa agressiva. Basta lembrar que as conversas em torno de um acordo se arrastam por quase 20 anos.
A percepção é compartilhada pelo embaixador Affonso Emilio de Alencastro Massot, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Relações Internacionais de São Paulo e conselheiro do Coscex. Para ele, nunca houve uma conjunção de fatores tão favorável para que as negociações avancem quanto a vista no atual cenário. “O momento é de pressionar para se obter mais do que se procura, ampliando a vontade de conseguir concessões, em especial na parte de serviços e na digital”, diz.
O embaixador Ronaldo Costa lembra que a reunião mais recente, em julho, “foi bastante positiva, com a aprovação dos textos normativos e três capítulos das propostas apresentadas concluídos, concorrência, facilitação de comércio e cooperação aduaneira”. O desafio do Brasil, e do Mercosul, estará nas áreas de propriedade intelectual e regras de origem, temas que, avalia, serão mais complicados de serem negociados.
Thomaz Zanotto, diretor titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp (Derex) e vice-presidente do Coscex, diz que a Aliança do Pacífico é prioritária nas negociações do Brasil, mas as normas de origem são hoje a maior preocupação, ou seja, as leis e os regulamentos estabelecidos pelo importador. O ministro Celso Lafer diz que os próximos meses serão de pressão para o Brasil e assim, avalia, “o desafio está em não se subestimar”.
(*) Com informações da Fiesp
https://www.comexdobrasil.com/debate-em-evento-na-fiesp-aborda-os-desafios-da-politica-e-do-comercio-exterior-brasileiros/