Pesquisar este blog

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Marcos Pereira classifica abertura comercial como “agenda prioritária para o governo”













São Paulo – O ministro Marcos Pereira falou nesta quarta-feira sobre as políticas de comércio exterior e a reinserção do Brasil no cenário internacional na mesa-redonda “Comércio e Abertura”, promovida pelo Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento que reúne líderes políticos, empresariais e acadêmicos.
Ao participar do debate, que teve como moderador Thierry Ogier, correspondente do diário econômico francês Les Echos, o ministro Marcos Pereira disse que a abertura comercial é agenda prioritária para o governo.
“Estou convencido de que a abertura comercial, aliada a ações bem-sucedidas de aumento de competitividade, são vitais para atrair mais e melhores investimentos”. Segundo ele, ao adotar medidas nessa direção, o governo construirá o caminho para que as empresas brasileiras sejam efetivamente integradas às cadeias globais de valor.
O ministro disse aos demais integrantes da mesa – José Guilherme Reis (Banco Mundial); André Luis Rodrigues (CEO, WEG); Helder Boavida (CEO, BMW Brasil) e Maurício Mesquita (economista-chefe, BID) – que as políticas de comércio exterior e de investimentos são imprescindíveis para a implementação exitosa tanto de uma política de desenvolvimento socioeconômico, quanto para assegurar a estabilidade do ambiente de negócios no Brasil.
Investimentos
Marcos Pereira explicou que para atrair investimentos é necessário propiciar aos agentes econômicos níveis razoáveis de estabilidade e previsibilidade, razão pela qual as reformas estruturais e a responsabilidade fiscal e monetária são prioridades inegociáveis para o governo.
Ele afirmou que é justamente nesse contexto, em que se esperam muitos resultados da gestão fiscal e monetária, que a centralidade da política de comércio exterior reveste-se de senso de urgência. Neste sentido, o ministro citou uma série de iniciativas, tais como a inserção do Brasil na rede de acordos de comércio e a implantação do Portal Único de Comércio Exterior.
André Luis Rodrigues, CEO da WEG, afirmou que o governo acerta em cheio ao colocar no centro da agenda a facilitação de comércio. “O Portal Único é um bom exemplo das medidas de facilitação de comércio implementadas pelo governo”, disse.
O ministro citou ainda a disseminação do modelo brasileiro de acordo de investimentos, o ACFI, não apenas por meio da expansão das frentes negociadoras bilaterais, mas também em âmbito regional – como foi feito recentemente com os parceiros do Mercosul – e multilateral.
Indústria
Sobre as ações para a indústria, Marcos Pereira afirmou que o MDIC está reformulando e expandindo programas de fomento ao desenvolvimento industrial priorizando medidas de ganhos de eficiência, competitividade e produtividade, como é o caso do Brasil Mais Produtivo e da elaboração da Rota 2030 da indústria automotiva.
Helder Boavida, CEO da BMW Brasil, disse ser perfeitamente possível e desejável que o Brasil se torne uma plataforma de exportação de veículos para todo o mundo. Ele disse ter uma expectativa positiva em relação à Rota 2030, pois vai trazer previsibilidade para o setor ao abranger três ciclos produtivos em um período de 15 anos. “O Brasil pode, deve e tem essa capacidade, mas tem que se preparar para isso. Temos esperança de que a Rota 2030 cumpra essa expectativa”, afirmou.
O ministro complementou afirmando que “estamos lançando as bases da política para o futuro da indústria brasileira (…) Todas essas medidas têm como fio condutor o fomento ao dinamismo e à produtividade, em plena consonância com a urgência que o Brasil confere à modernização econômica”.
Cenário positivo
O ministro falou sobre as perspectivas positivas para o setor exportador brasileiro em 2017. Ele lembrou que em 2016 a balança comercial registrou resultado recorde, com superávit de US$ 47,7 bilhões, e que até o primeiro quadrimestre deste ano já se contabiliza saldo positivo de US$ 21,4 bilhões, valor 61% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O resultado levou o MDIC a rever a projeção de superávit para o ano de US$ 50 bilhões para US$ 55 bilhões.
“São sinais importantes de reaquecimento sustentável da economia e, assim entendo, um indicativo de que estamos no caminho certo e crescente”, disse o ministro.
“Contudo, para aumentarmos o percentual de participação do comércio no PIB, ainda é necessário que superemos alguns desafios do chamado custo Brasil para exportadores e investidores: logística cara e precária; custo alto de energia; falta de mão de obra qualificada; carga tributária elevada e sistema tributário incompatível com o país que queremos ser”, completou.
(*) Com informações do MDIC

http://www.comexdobrasil.com/marcos-pereira-classifica-abertura-comercial-como-agenda-prioritaria-para-o-governo/

quarta-feira, 31 de maio de 2017

PORTO DE SANTOS ALCANÇA ÍNDICE DE 27,6% DA BALANÇA COMERCIAL, A MAIOR NO ANO

O Porto de Santos alcançou em abril deste ano a maior participação percentual do ano na balança comercial brasileira, com US$ 31,7 bilhões comercializados de janeiro a abril. Este número representa 27,6% do total de US$ 114,9 bilhões do comércio exterior do país no período, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Os dados foram compilados pela Gerência de Estatísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Nas exportações, o valor das transações comerciais internacionais pelo Porto de Santos foi de US$ 18,4 bilhões no acumulado do ano, o que equivale a uma participação de 27% do porto. O total do país é de US$ 68,1 bilhões. A China continua como principal parceira comercial, com a participação de 20,4% no período, cerca de US$ 3,74 bilhões. Estados Unidos (11,4%, por volta de US$ 2,09 bilhões), Argentina (7,4%, aproximadamente US$ 1,36 bilhão), Holanda (2,9%), México (2,8%), Bélgica (2,5%), Arábia Saudita, Tailândia (cada um com 2,4% de participação) e Irã (2,1%) completam os nove principais importadores pelo cais santista.
Já nas importações, o resultado do Porto de Santos entre janeiro e abril é de US$ 13,4 bilhões, correspondente a 28,6% do total brasileiro (US$ 46,8 bilhões). A participação da China é de US$ 2,91 bilhões (21,8% no total do porto). Em segundo, Estados Unidos, com US$ 2,17 bilhões e participação de 16,3%. Completam os dez maiores parceiros comerciais na importação: Alemanha (8,7% – US$ 1,15 bilhão), Coreia do Sul (4,8%), Japão (4,6%), França (3,7%), Índia (2,9%), Itália (2,9%), México (2,7%) e Argentina (2,5%).
Produtos
Em valores comerciais, a principal carga exportada pelo Porto de Santos neste período é a soja, com US$ 3,24 bilhões, correspondente a 17,6% do total. Do total, 15,7% foram comercializados com a China. Tailândia e a Coreia do Sul também estão entre os principais importadores do produto, que foi comercializado ainda com outros nove países.
O açúcar é o segundo produto de maior participação comercial nas exportações este ano, com 9,9% do total do porto (US$ 1,82 bilhão). Nesse período, a Argélia foi a principal importadora, seguida de Bangladesh e Índia. O açúcar seguiu também para outros 43 países.
Em terceiro lugar, o café em grãos correspondeu a 7,7% das exportações (US$ 1,41 bilhão), enviado Alemanha, Estados Unidos, Itália e outros 63 países. Em seguida, a carne bovina teve participação comercial de US$ 694,9 milhões, equivalente a 3,8% do total. As peças foram para a China, Hong Kong, Irã e mais 58 países.
Nas importações, as cargas de maior valor comercial desembarcadas em Santos foram óleo diesel (US$ 344,7 milhões), importado dos Estados Unidos, Suíça e Portugal; caixas de marchas (US$ 228,8 milhões), importadas do Japão, Coreia do Sul, Indonésia e outros 14 países; e células e painéis solares, vindas da China, Malásia e Vietnã, no valor de US$ 155,7 milhões.
Da Ag. Brasil
http://www.exportnews.com.br/2017/05/porto-de-santos-alcanca-indice-de-276-da-balanca-comercial-a-maior-no-ano/

terça-feira, 30 de maio de 2017

OMC defende papel do livre-comércio como gerador de emprego








Tóquio – O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, defendeu nesta segunda-feira em Tóquio o papel do livre-comércio para a geração de empregos e para impulsionar a economia durante a visita de trabalho de três dias ao Japão.
“O protecionismo não é uma solução e manter o livre mercado é essencial para promover o desenvolvimento econômico e a criação de empregos”, afirmou Azevedo, em declaração conjunta emitida após o encontro de hoje com o primeiro-ministro Shinzo Abe, o ministro de Assuntos Exteriores Fumio Kishida e outros representantes do governo.
Azevedo, que chegou ao país ontem, destacou a importância de abordar o “ceticismo contra a globalização” e estabelecer normas justas “para atingir o crescimento econômico, a prosperidade das pessoas e o desenvolvimento sustentável no mundo todo”.
Durante o encontro com o Executivo japonês, ambas as partes concordaram na necessidade de aumentar a confiança no sistema multilateral de comércio perante o aumento de correntes protecionistas, como a defendida pelo presidente americano, Donald Trump, ou a refletida ma vitória do Brexit.
Azevedo assegurou que a OMC “continuará apoiando a cooperação e a colaboração entre nações em questões comerciais para continuar sendo uma instituição-chave da governança econômica global”.
O diretor-geral da OMC defendeu ainda a validade de diversas formas de liberalização do comércio como “complemento útil” do sistema multilateral, sejam acordos comerciais plurilaterais ou novas associações “amplas, de alto nível e equilibradas”, como as iniciativas bilaterais e regionais.
Azevedo e o governo do Japão reafirmaram o compromisso de continuar colaborando “para atingir resultados” na próxima reunião ministerial da OMC. O encontro acontecerá em dezembro, em Buenos Aires (Argentina).

http://exame.abril.com.br/economia/omc-defende-papel-do-livre-comercio-como-gerador-de-emprego/

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Brasil e China anunciam criação de fundo de investimento com aporte de US$ 20 bilhões




Brasília – O Brasil e a China irão anunciar, nesta terça-feira (30) a criação de um fundo de investimento para obras de infraestrutura, com aporte de US$ 20 bilhões. O objetivo é o financiamento de projetos considerados de comum interesse para os dois países. O fundo deve começar a operar em junho. As informações são do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
A criação do fundo conjunto para projetos de infraestrutura é discutida desde 2015. O lançamento oficial ocorrerá durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) realizado em São Paulo, na terça e quarta-feira (31).
Os aportes financeiros devem vir dos dois países, com uma parcela maior disponibilizada pela China – cerca de US$ 15 bilhões – e o restante pelo Brasil.
Segundo o Planejamento, o fundo será administrado por uma secretaria-executiva sob responsabilidade da Secretaria de Assuntos Internacionais da pasta. Será integrado por um grupo técnico de trabalho e um comitê diretivo de alto nível, composto por secretários-executivos do governo federal e por três representantes chineses ao nível de vice-ministro.
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, afirmou que o fundo é diferente dos demais que a China mantém com outros países, porque tem um acordo paritário. Isso significa que as decisões dos dois países terão o mesmo peso.

http://www.comexdobrasil.com/brasil-e-china-anunciam-criacao-de-fundo-de-investimento-com-aporte-de-us-20-bilhoes/