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quarta-feira, 7 de março de 2018

Missão empresarial de Taiwan vem a São Paulo para Rodada de Negócios e formar parcerias

















Brasília –  Missão empresarial do Conselho para o Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan (TAITRA) estará em São Paulo no próximo dia 22 de março para participar de Rodada de Negócios que contará com a participação de dirigentes de 37 empresas taiwanesas de setores como os de autopeças, motores, chassis para automóveis, pneus,  materiais elétricos, válvulas e equipamentos contra incêndios, móveis, componentes LED, produtos eletrônicos, equipamentos para fitness e wellness, calçados, fios de poliester, equipamentos de segurança industrial e muitos outros.
Segundo informações do Escritório Comercial do TAITRA em São Paulo, a missão empresarial virá ao Brasil em busca de novos parceiros comerciais, distribuidores para seus produtos e também visando estabelecer joint venture com empresas brasileiras.
Antes de chegar à capital paulista, a missão liderada pelo Diretor-Executivo do TAITRA, James K. J. Chen, participará de Rodadas de Negócios na Cidade da Guatemala (dia 12 de março), em Bogotá (15 de março) e Lima (19 de março). Diversas dessas empresas que integram a missão já participaram de Rodadas de Negócios no Brasil e muitas delas contam com parcerias firmadas com empresas brasileiras.
A vinda da missão empresarial deverá contribuir, em médio e longo prazos, para aumentar as relações comerciais entre Taiwan e o Brasil. Taiwan é um importante parceiro comercial do Brasil e ano passado o país asiático ocupou o décimo-quarto lugar no Ranking das Importações e o trigésimo-nono posto no Ranking das Exportações do país. Em 2017, a corrente de comércio entre os dois países totalizou US$ 3,836 bilhões, com exportações taiwanesas no valor de US$ 2,001 bilhões e vendas brasileiras no montante de US$ 1,835 bilhão.
Nos primeiro bimestre de 2018, as exportações brasileiras para Taiwan registraram uma queda de 19,39% para US$ 163 milhões, enquanto os embarques taiwaneses para o Brasil cresceram 29,03% e totalizaram US$ 388 milhões.
A pauta exportadora brasileira tem uma forte participação dos produtos básicos, responsáveis por 63,5% do volume embarcado para Taiwan, no total de US$ 103 milhões nos meses de janeiro e fevereiro. Já os produtos semimanufaturados ficaram com uma fatia de 30,2% nos embarques e somaram US$ 49 milhões. Os bens industrializados, de maior valor agregado, geraram uma receita de US$ 10 milhões, correspondentes a 5,25% do volume total exportado.
No primeiro bimestre de 2018, os principais produtos exportados para Taiwan foram minérios de ferro (US$ 47 milhões), minérios de cobre (US$ 31 milhões), celulose (US$ 22 milhões), milho em grãos (US$ 20 milhões) e ferro fundido em bruto (US$ 15 milhões).
Em contrapartida, as exportações taiwanesas nesse mesmo período praticamente se concentraram nos produtos industrializados, responsáveis por 97,9% do total embarcado para o Brasil. Os bens semimanufaturados geraram receita no valor de US$ 3 milhões (0,66% do total embarcado) e os produtos básicos com vendas no total de US$ 6 milhões responderam por uma fatia de 1,46% das exportações.

https://www.comexdobrasil.com/missao-empresarial-de-taiwan-vem-sao-paulo-para-rodada-de-negocios-e-formar-parcerias/

terça-feira, 6 de março de 2018

Acordo com o Mercosul faz parte da estratégia do Canadá contra protecionismo de Donald Trump













Brasília – A negociação de um acordo com o Mercosul faz parte da estratégia adotada pelo governo canadense em resposta à mensagem protecionista adotada pelo governo do presidente Donald Trump e especialmente com a sua retirada do TPP. E certamente o Brasil é um parceiro de envergadura considerável para fazer parte dessa estratégia. A opinião é de André Cruz, Gerente de Acordos Comerciais na Thomson Reuters.
Para ele,  “ao Canadá caberá costurar parcerias com diversos outros países do mundo. Não apenas para reduzir a sua dependência dos Estados Unidos, mas também para transmitir ao mundo a mensagem de que o caminho está na adoção, cada vez maior, de medidas mais liberalizantes”
Em sua análise sobre o  lançamento das negociações entre o Mercosul e o Canadá, André Cruz destaca que, exceto pelo andamento das negociações com a União Europeia, pela primeira vez em dezessete anos, e na condição de membro pleno do Mercosul, o Brasil volta a se sentar à mesa para negociar com um player de destaque no comércio internacional. Enquanto isso, nas últimas duas décadas, o Canadá firmou uma série de acordos com diversos países: Guiana (2001), Suriname (2004), Cuba (2007), Índia (2009), Palestina (2010) e Venezuela (2014).
Porto de Halifax
Na opinião de André Cruz, “evidentemente que o Canadá possui um grande peso geopolítico nas suas relações com o mundo e trata-se de um país considerado pioneiro e altamente ativo na busca por novos acordos preferenciais de comércio. Os acordos comerciais firmados pelo Canadá são extremamente ambiciosos em seus objetivos e substancialmente abrangentes em seu escopo”.
Para o analista, “o Canadá é um país aberto para o livre comércio. A prova disso é que, além do NAFTA tem acordos preferenciais com diversos países do mundo, além daqueles acima citados. Na América Latina, tem tratados com Chile, Colômbia, Peru, Costa Rica, Honduras e Panamá. Há também o recente acordo feito com a União Europeia, com o EFTA, além de tratados com Israel, Jordânia e Coreia do Sul, sem falar do TPP”.
Ainda de acordo com André Cruz, “trata-se de um país cuja estratégia comercial tem se focado consistentemente em aumentar o seu escopo de negociações. Tanto no NAFTA quanto no acordo com a Colômbika, os seus escopos cobrem 23 capítulos do Sistema Harmonizado. O TPP e o recente acordo comercial assinado com a União Europeia já cobrem 30 capítulos”.
Foto do Vieux-Port/Montreal
A negociação de um acordo como esse com o Mercosul faz parte da estratégia adotada pelo governo canadense em resposta à mensagem protecionista adotada pelo governo do presidente Donald Trump e especialmente com a sua retirada do TPP. Segundo André Cruz, “ao Canadá caberá costurar parcerias com diversos outros países do mundo. Não apenas para reduzir a sua dependência dos Estados Unidos, mas também para transmitir ao mundo a mensagem de que o caminho está na adoção, cada vez maior, de medidas mais liberalizantes. E certamente que o Brasil é um parceiro de envergadura considerável para fazer parte dessa estratégia”.
Além disso, é importante lembrar que as exportações canadenses são bastante concentradas e muito dependentes das commodities e, por isso, ressalta André Cruz, “eles buscam, com todo esse processo de assinaturas de novos acordos comerciais, uma diversificação do seu comércio exterior, tanto no aspecto setorial quanto geográfico. No entanto, os esforços em relação à expansão geográfica ainda não produziram os efeitos esperados pelo Canadá. Isso é atestado pela sua significativa relação de interdependência com os Estados Unidos. Em 2017, 76% das exportações canadenses tiveram o país vizinho como destino, enquanto 52% das suas importações foram oriundas daquele país”.

https://www.comexdobrasil.com/acordo-com-o-mercosul-faz-parte-da-estrategia-do-canada-contra-protecionismo-de-donald-trump/

segunda-feira, 5 de março de 2018

China diz que não vai ficar de braços cruzados diante de Trump

















“A China não quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se os EUA aprovarem ações que danificam os interesses chineses, a China não ficará de braços cruzados e tomará as medidas necessárias”, afirmou em entrevista coletiva Zhang Yesui, porta-voz do plenário da Assembleia Nacional Popular (ANP, legislativo).
Zhang avisou também que “as políticas baseadas em juízos ou presunções equivocadas danificarão as relações e trarão consequências que lugar algum gostaria de ver”.
Essas manifestações vêm depois Trump ter anunciado ao longo da semana que o governo americano acrescentará tarifas à importação de aço e alumínio e dito que as guerras comerciais “são boas”.
Zhang lembrou que o total de trocas comerciais entre ambas as potências econômicas alcançou mais de US$ 580 bilhões em 2017, por isso “é natural que haja alguns atritos”.
No entanto, insistiu que a cooperação é a única saída para essas diferenças e citou como exemplo a visita a Washington realizada nessa semana pelo principal assessor econômico do governo chinês, Liu He, para uma série de reuniões com responsáveis do governo americano.
“É importante que ambas as partes percebam as intenções estratégicas recíprocas de forma correta e com mente aberta”, ressaltou Zhang na entrevista coletiva prévia à abertura do plenário anual da ANP, que começará na segunda-feira e terminará no dia 20 de março.

https://exame.abril.com.br/economia/china-diz-que-nao-vai-ficar-de-bracos-cruzados-diante-de-trump/

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

MDIC amplia drawback isenção com a meta de tornar exportações brasileiras mais competitivas



















Brasília – A partir desta sexta-feira (23), as empresas dos setores de defensivos agrícolas, material de defesa e químicos passram a poder se beneficiar do regime de drawback isenção. A portaria nº08/2018, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), publicada no Diário Oficial da União, amplia o alcance do regime para setores que até então não estavam autorizados a aproveitar o instrumento na modalidade isenção.
Levantamento realizado pela Secex aponta que a extensão do regime a novos setores vai permitir a reposição de matérias-primas por empresas exportadoras, envolvendo isenção de tributos federais que devem totalizar pelo menos US$ 1,5 milhão por ano. A medida diminui os custos na fabricação dos produtos e, consequentemente, favorece as vendas externas nacionais. Em 2017, os setores de material de defesa, defensivos agrícolas e químicos foram responsáveis por exportações totais de cerca de US$ 8 bilhões.
Drawback
O drawback é um regime aduaneiro especial. Na modalidade isenção, permite aos exportadores brasileiros repor, com isenção de tributos federais, o estoque de insumos equivalentes aos itens anteriormente importados ou comprados localmente com o pagamento dos tributos incidentes e utilizados na fabricação de produtos já exportados.
O regime permite a suspensão ou isenção do Imposto de Importação, do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) na importação ou na aquisição no mercado interno de insumos a serem empregados ou consumidos na industrialização de produtos a serem exportados e, exclusivamente na modalidade suspensão, há a desoneração do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), incidente sobre as compras externas amparadas pelo regime.
Clique aqui para ter mais informações  sobre como utilizar o sistema Drawback Isenção web.
(*) Com informações do MDIC

https://www.comexdobrasil.com/mdic-amplia-drawback-isencao-com-meta-de-tornar-exportacoes-brasileiras-mais-competitivas/

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Fazenda deve votar contra sobretaxa na importação de aço da China e da Rússia


Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
12 Janeiro 2018 | 18h47
BRASÍLIA - O Ministério da Fazenda alegará interesse público e deverá votar contra a aplicação de sobretaxas na importação de laminados de aço da China e Rússia, segundo apurou o Estadão/Broadcast com fontes da equipe econômica. A posição, contrária ao que defende o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), será apresentada em reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), marcada para a próxima quinta-feira, 18.
A avaliação de pessoas que acompanham a discussão é de que pelo menos os ministérios da Agricultura e do Planejamento também deverão votar contra a medida. O Mdic deverá acompanhar o entendimento de sua área técnica e votar a favor da aplicação da sobretaxa. Outros quatro ministérios também darão seus votos (Itamaraty, Casa Civil, Desenvolvimento Agrário e Secretaria-Geral da Presidência).

O entendimento da área técnica da Fazenda, de acordo com fontes, é que não houve dano à indústria nacional com a compra de aço da China e Rússia e que a sobretaxação dessas importações prejudicaria a economia brasileira. A pasta calcula que a aplicação de medidas antidumping terá impacto de 0,095% por ano na inflação medida pelo IPCA e um aumento de 3% nos eletrodomésticos e de 0,01% em veículos.
A adoção de medidas antidumping foi pedida em 2016 pelas siderúrgicas CSN, AcelorMittal e Gerdau contra empresas chinesas e russas que vendem aço plano laminado a quente. O produto é utilizado em larga escala pela indústria, na produção de máquinas e equipamentos, na lataria de carros e em eletrodomésticos.
No ano passado, o Departamento de Defesa Comercial (Decom) do Mdic emitiu relatório final em que, de acordo com pessoas que tiveram acesso ao documento, concluiu que empresas dos dois países praticam competição desleal na venda do aço e pediu a aplicação de sobretaxa de 200 dólares por tonelada, o que levaria a uma sobretaxa de até 40%.
No Mdic, o entendimento é de que a avaliação é "técnica e pragmática" e que, se a conclusão do Decom foi de que houve dumping, é necessária a aplicação de medidas para proteger a indústria nacional.
Já os números que serão apresentados pela Fazenda à Camex tentam mostrar que a queda no consumo de aço nacional não decorre dos preços praticados pelos chineses e russos, mas, sim, da crise econômica e retração na demanda e atividade econômica. 
O órgão alegará que, dos 33% de queda no consumo de aço de 2013 a 2015, a importação desses países foi responsável por apenas 1 ponto porcentual e que a importação responde por pouco mais de 5%, o que não seria suficiente para prejudicar a indústria nacional, mesmo se os preços fossem abusivos.
A posição da Fazenda tem o apoio de peso de uma coalizão de 12 entidades, encabeçada por associações como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros) e Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 
Na segunda-feira, 15, eles farão um périplo por ministérios em Brasília levando um estudo feito pela consultoria LCA, ao qual o Broadcast teve acesso, que aponta perdas anuais de R$ 1,5 bilhão em valor de produção, redução de 14,8 mil empregos e queda de R$ 204 milhões de massa salarial.
Em cinco anos, o impacto no valor da produção é de R$ 7,5 bilhões, com redução de 74 mil empregos e diminuição de R$ 1 bilhão em massa salarial. "Não existe uma inundação de aço chinês e russo no Brasil, existe uma importação pequena", afirma o presidente da Abimaq, José Veloso. "Achamos que o relatório [do Decom] é tendencioso e tem falhas técnicas".
Já os representantes da indústria do aço defendem que o parecer da área técnica tem que ser seguido. "Dumping é um processo técnico, não cabe achismo nem pressão política. Não pode ser decidido no grito, ganha quem fala mais alto", afirma o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo. "Não há interesse público, o interesse é privado, de empresas que querem continuar comprando o aço na bacia das almas".
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fazenda-deve-votar-contra-sobretaxa-na-importacao-de-aco-da-china-e-da-russia,70002148903

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Governo reduz a zero imposto de importação de 1.116 itens sem produção nacional



















Resoluções da Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicadas no "Diário Oficial da União" desta quinta-feira (14) reduziram de 16% e 14% para zero o imposto de importação de 1.116 máquinas e equipamentos industriais sem produção no Brasil, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Segundo o governo, as reduções tarifárias são temporárias, e as importações sem tarifas podem ser feitas até 30 de junho de 2019.
O MDIC informou que as empresas do país informaram que os equipamentos serão utilizados em projetos que representam novos investimentos no valor de US$ 2,41 bilhões.
Os principais setores contemplados em relação aos novos investimentos serão automotivo, eletroeletrônico e bens de capital.
Entre os principais projetos beneficiados estão a melhoria de qualidade e produtividade no processo produtivo de uma fábrica de automóveis; a produção local de smartphones, e a expansão de fábricas de painéis fotovoltaicos, informou o ministério.
O governo lembrou que o regime de "ex-tarifário" consiste na redução temporária da alíquota do Imposto de Importação de bens de capital (BK) e de informática e telecomunicação (BIT), que estão na Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC), quando não houver a produção nacional equivalente.
Segundo explicou o MDIC, isso representa uma "redução no custo do investimento e produz um efeito multiplicador de emprego e renda sobre segmentos diferenciados da economia nacional".

https://g1.globo.com/economia/noticia/governo-reduz-imposto-de-importacao-de-1116-itens-sem-producao-nacional.ghtml

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Embaixador brasileiro participa de evento na Firjan para falar sobre entrada do Brasil na OCDE



















Rio de Janeiro – Para entender melhor as oportunidades e os benefícios em ser membro pleno da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Sistema Firjan recebeu o embaixador Carlos Márcio Cozendey, representante do Brasil na instituição, para um encontro com empresários fluminenses. De acordo com ele, a adesão a esse clube de países pode estimular mudanças na legislação brasileira, que irão impactar positivamente o ambiente de negócios no país.
“A participação como membro pleno da OCDE permitirá que o país possa contar com a experiência e o apoio técnico da entidade para o desenho de reformas estruturais que poderão dotar o Brasil de um arcabouço regulatório e institucional compatível aos desafios econômicos do século XXI”, afirmou Cozendey na sede da Federação do Rio, nó último dia 7.
Para Márcio Fortes, diretor de Relações Institucionais da Federação, a entrada do país na OCDE forçará o poder público a discutir políticas que poderão levar à adequação da legislação, fazendo com que o Brasil construa um cenário mais favorável para investimentos e que também facilite as operações das empresas que atuam aqui.
“As obrigações previstas aos países membros da OCDE dão maior transparência às políticas legislativas e regulatórias, fomentando uma melhor governança por meio do alinhamento do sistema a partir de práticas internacionais consagradas. A entrada na organização será um exercício de humildade porque discutiremos políticas nacionais em um hub seleto de consultoria, e isso pode fortalecer a agenda de reformas domésticas e a modernização institucional”, pontuou.
Embora ainda não seja membro pleno da OCDE, o Brasil é um dos grandes parceiros da organização e figura entre os chamados Key Partners – África do Sul, China, Índia e Indonésia – desse grupo, composto por 35 países que se dedicam a buscar a promoção de padrões convergentes em temas ligados a questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. O governo brasileiro tem integrado mais de 30 instâncias da organização, como “associado”, “participante” ou “convidado”, e já aderiu a 26 recomendações e outros instrumentos da entidade.
Com a participação do embaixador na OCDE, o Brasil intensifica as negociações para se tornar membro-pleno da organização, cumprindo os pré-requisitos necessários para sua efetivação. A formalização da candidatura depende da adequação do país com 237 recomendações. O Brasil já aderiu a 36 dessas normas e pediu a adesão de outros 74 instrumentos.
Segundo Carlos Mariani Bittencourt, vice-presidente da Firjan, o encontro com o diplomata possibilitou aos empresários conhecer melhor como ocorrem as negociações em Paris, França. “Foi uma oportunidade de ouvirmos as intepretações e sanar dúvidas em relação aos benefícios e os desafios em se tornar um membro da OCDE. Essas informações auxiliam o nosso departamento internacional a avaliar o que é melhor para o desenvolvimento do Rio”, observou.
(*) Com informações da Firjan 

https://www.comexdobrasil.com/embaixador-brasileiro-participa-de-evento-na-firjan-para-falar-sobre-entrada-do-brasil-na-ocde/

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Em evento da OCDE, Brasil e México estreitam cooperação em políticas públicas para PMEs
















Cidade do México  – Num encontro bilateral realizado durante o evento da OCDE que reúne autoridades de diversos países, na Cidade do México, até sexta-feira, o secretário Especial da Micro e Pequena Empresa do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, José Ricardo da Veiga, reuniu-se com Alejandro Delgado Ayala, presidente do Instituto Nacional del Emprendedor (Inadem) do México. Os dois concordaram na importância de aprofundar a cooperação bilateral para beneficiar os pequenos empreendedores de ambos os países.
“A agenda hoje foi muito positiva com o presidente do Inadem porque ele se mostrou com disposição pra fazer um Memorando de Entendimento com o Brasil e concordamos em estabelecer uma agenda conjunta de cooperação das MPMEs brasileiras e mexicanas”, destacou o secretário. Segundo José Ricardo da Veiga, o México pode ser exemplo para o Brasil na concessão de crédito e garantias. “O Mexico tem iniciativas nesse sentido e nós do Brasil temos interesse em entender como esta política está sendo posta em prática” afirmou.
Por outro lado, de acordo como secretário, o México criou um fórum nacional com seus respectivos fóruns estaduais, que é o modelo adotado no Brasil, com o Fórum Nacional da Micro e Pequena Empresa. “Temos um grande espectro de ações para cooperar e a grande oportunidade de agora é a visita do presidente do México Henrique Peña Nieto ao Brasil, em março”, lembra José Ricardo.
Alejandro Delgado disse estar impressionado com os números do setor no Brasil e afirmou que o México tem grande interesse em construir uma agenda de cooperação conjunta. “Nos interessa muito a experiência brasileira. Também temos feito um grande trabalho nessa área e temos uns dos melhores programas do mundo para elevar capacidades e permitir a inclusão tecnológica dos pequenos empreendedores”, afirmou Delgado.
O secretário da Sempe assinalou, ainda, que o México é um parceiro histórico e estratégico do Brasil em vários setores. “ Temos os ACEs 53 e 55 em vigor e não tínhamos ainda feito uma parceria específica de micro e pequenas empresas. Nos percebemos um movimento recente do México de desenvolver políticas específicas para as MPMEs e levar desenvolvimento para o interior do pais, o que coincide muito com o que temos desenvolvido no Brasil”, finalizou.
(*) Com informações do MDIC

https://www.comexdobrasil.com/em-evento-da-ocde-brasil-e-mexico-estreitam-cooperacao-em-politicas-publicas-para-pmes/

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

MDIC divulga resultado da balança nas duas primeiras semanas de fevereiro










15 de fevereiro de 2018
No período, exportações foram de US$ 7,3 bilhões e as importações de US$ 4,7 bilhões. O superávit comercial na parcial do mês está em US$ 2,6 bilhões. A partir da segunda-feira, 19, divulgação voltará ao normal
Brasília (15 de fevereiro) – O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou hoje, excepcionalmente, o resultado da balança comercial brasileira nas duas primeiras semanas de fevereiro. No período, que totalizou sete dias úteis, as exportações somaram US$ 7,326 bilhões e as importações US$ 4,696 bilhões, resultando em um superávit de US$ 2,631 bilhões. A partir do próximo dia 19, a divulgação da balança comercial semanal voltará à sua rotina: às segundas-feiras, às 15h.
No acumulado do ano até a segunda semana de fevereiro, as vendas externas foram de US$ 24,294 bilhões e as compras de US$ 18,895 bilhões, o que gerou um saldo positivo de US$ 5,399 bilhões.
Exportações
No mês, até a segunda semana, as exportações apresentam média diária de US$ 1,047 bilhão, desempenho 21,8% maior do que o registrado no mês de fevereiro do ano passado (US$ 859,4 milhões). Nessa comparação, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC verificou que houve aumento de 87% nas vendas de manufaturados, puxado por uma plataforma para extração de petróleo. O índice também contou com as exportações de pisos e revestimentos cerâmicos, gasolina, suco de laranja congelado, tubos flexíveis de ferro/aço, tratores, tubos de ferro fundido.
Também houve incremento nas exportações de semimanufaturados (4,5%), devido aos embarques de celulose, óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de dendê em bruto, madeira serrada ou fendida, catodos de cobre. Entretanto, caíram as exportações de produtos básicos (-21,2%), provocada por redução nas vendas, principalmente, de petróleo em bruto, soja em grão, minério de ferro, carnes de frango e suína, café em grão.
Na comparação com janeiro de 2018, quando a média diária das exportações foi de US$ 771,3 milhões, o crescimento foi de 35,7%, em virtude do aumento das vendas de manufaturados (100,3%) e semimanufaturados (7,3%), enquanto caíram as exportações de produtos básicos (-5,9%).
Importações
Nas importações, a média diária no mês, até a segunda semana, foi de US$ 670,8 milhões, resultado 10,6% acima da média verificada em fevereiro de 2017 (US$ 606,3 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com químicos orgânicos e inorgânicos (39,6%), automóveis e partes (29,5%), instrumentos de ótica e precisão (26,2%), produtos plásticos (25,8%) e equipamentos eletroeletrônicos (25,1%).
Em relação a janeiro de 2018 (média diária de US$ 645,4 milhões), houve crescimento de 3,9%, puxado por farmacêuticos (38,5%), adubos e fertilizantes (23,3%), instrumentos de ótica e precisão (20,1%), equipamentos mecânicos (11,1%), combustíveis e lubrificantes (2,6%).

http://www.investexportbrasil.gov.br/mdic-divulga-resultado-da-balanca-nas-duas-primeiras-semanas-de-fevereiro

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Mercosul e UE retomam negociações para acordo comercial

Os dois grupos vão equilibrar os detalhes técnicos para fechar os acordos comerciais que ficaram sem consenso na última reunião


















Os negociadores do Mercosul e da União Europeia vão retomar as discussões para um acordo comercial nesta segunda-feira (19), em Assunção, após alcançar avanços e alinhar as expectativas depois da última rodada, celebrada em Bruxelas.
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Os dois grupos vão equilibrar os detalhes técnicos para fechar os acordos comerciais que ficaram sem consenso na última reunião, em 9 de fevereiro.
As negociações vão se estender até 2 de março. Ao final, poderia haver um anúncio sobre o acordo, após 20 anos de diálogos entre os dois blocos.
“Ainda falta concluir assuntos sensíveis pendentes”, alertou o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, à imprensa.
Loizaga, que ocupa a presidência rotativa do bloco sul-americano neste semestre, disse que assuntos-chave como a carne bovina já foram resolvidos.
Ao fim da última rodada de consultas em Bruxelas, a UE se declarou disposta a elevar a importação de carne bovina do Mercosul de 70 mil toneladas para 99 mil toneladas. O número ainda precisa ser oficializado.

Pontos sensíveis

O início oficial das negociações que definirão o futuro acordo de associação está marcado para quarta-feira, com a presença da responsável europeia nas discussões, a italiana Sandra Gallina.
Já há indícios de que elas podem ser tensas.
Nesta segunda-feira, em Bruxelas, o comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, alertou que “existem muitas áreas nas quais não progredimos como deveríamos. Não estamos recebendo o tipo de ofertas dos países do Mercosul que esperamos, particularmente no que diz respeito aos produtos industriais”.
“Só chegaremos a um acordo quando nos convencermos de que alcançamos um bom acordo, um resultado equilibrado que reflete o mandato” concedido à Comissão pelo Conselho da Europa, afirmou Hogan.
Os principais pontos de discussão continuam sendo os mesmos de depois da conclusão da última rodada de negociação.
Eles incluem o acesso a mercados para produtos industriais e agropecuários, como automóveis, autopeças e laticínios para a UE.
Já o Mercosul convence a UE a abrir seu mercado para as exportações de carne bovina e etanol, entre outros.
“A Comissão europeia está comprometida em alcançar um acordo ao mesmo tempo ambicioso e equilibrado entre União Europeia e Mercosul”, comentou em Bruxelas o porta-voz Daniel Rosario.
“Os negociadores tentaram superar as discordâncias que ainda persistem”, acrescentou.
Também estão sendo discutidos outros assuntos, como regras de origem e períodos de transição, proteção de indicações geográficas e oportunidades no setor marítimo.

Negociações muito duras

Loizaga disse que o setor automotivo terá uma definição nesta semana, bem como a oferta agrícola. “Ainda é preciso conhecer a segmentação desta oferta”, destacou.
“São negociações muito difíceis, muito fortes. Às vezes, chega-se a um acordo na mesa e, então, novos elementos aparecem”, lamentou o ministro das Relações Exteriores do Paraguai. Mas ele afirmou o ânimo das duas partes para chegar a um acordo político.
“Esperamos chegar a um acordo que satisfaça as duas partes. Existem as condições políticas”, afirmou.
O presidente da federação dos empresários paraguaios, Beltrán Macchi, disse nesta segunda que “é essencial alcançar um tratamento especial e diferenciado para os países do Mercosul”.
Os dois blocos buscam desde 1999 fechar um Acordo de Associação, que também inclui capítulos políticos e de cooperação. A chegada do protecionista Donald Trump à Casa Branca foi um impulso para os negociadores, que tentaram – em vão – fechar um acordo político até o final de 2017.
Em 2016, as exportações europeias de bens para o bloco sul-americano chegaram a 41,5 bilhões de euros, um pouco acima das importações dos países do Mercosul (40,6 bilhões de euros), segundo dados da Comissão Europeia.

https://exame.abril.com.br/economia/mercosul-e-ue-retomam-negociacoes-para-acordo-comercial/