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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Número de empresas do Brasil exportando pela 1ª vez mais que dobra em 2016


om o consumo em baixa no Brasil, o número de empresas locais de olho no mercado externo aumentou durante a crise. Em 2016, a quantidade de companhias que exportaram produtos pela primeira vez mais que dobrou, e atingiu o maior valor já registrado.
No ano passado, 4.843 empresas brasileiras venderam produtos para outros países pela primeira vez – um aumento de 149% em relação a 2015. Antes, o aumento do número total de empresas exportadoras brasileiras havia sido de 7,3% - de 10.289 em 2015 para 11.048 em 2016. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Investe São Paulo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), divulgado ao G1.
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
A pesquisa também mostra que aumentou a proporção de empresas estreantes entre o total de exportadoras. Em 2016, 43% de todas as exportadoras brasileiras fizeram esse tipo de operação pela primeira vez, contra 18% do ano anterior.
Sérgio Costa, diretor de novos negócios da Investe São Paulo, aponta que, além do consumo mais fraco no Brasil, a desvalorização do real nos últimos anos em relação dólar também despertou o interesse das empresas pelo mercado externo. “A desvalorização cambial abriu uma janela de possibilidades, porque tornou o produto brasileiro mais competitivo lá fora do ponto de vista do preço.”
Adriana Rodrigues, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aponta que o aumento da quantidade de empresas interessadas em ingressar no mercado interno foi muito perceptível em 2016.
Ela é coordenadora do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Apex, que atende, em média, 3 mil empresas por ano prestando consultoria a quem deseja exportar. Somente em 2016, 2.145 das empresas atendidas estavam à procura de orientação para exportar pela primeira vez.
“Provavelmente o resultado disso vai ser visto agora em 2017, porque o processo de exportação leva um tempo não só na preparação da empresa, mas também na negociação. A gente teve em 2016 um crescimento no interesse. Em 2017, vamos ter um número expressivo de novas empresas exportando”, prevê Adriana.
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)

O perfil das estreantes

Segundo o levantamento da Investe São Paulo, quase todas as empresas que estrearam no mercado externo em 2016 realizaram remessas de até US$ 1 milhão. Apenas 6% dos exportadores iniciantes, aproximadamente, fizeram operações acima desse valor.
A pesquisa também aponta que São Paulo liderou o avanço. Das 4.843 empresas que exportaram pela primeira vez, 2.010 são paulistas – ou 41%.
Uma das empresas paulistas que entraram no mercado externo em 2016 foi a NSF, que é de São Carlos, tem 450 funcionários e fabrica prateleiras para supermercados. No ano passado, a empresa fez uma venda no valor de US$ 170 mil para o Paraguai, sua primeira remessa internacional.
A empresa não informou quanto isso representa em seu faturamento total do ano. De qualquer forma, Walcenir Queiroz, gerente de vendas da empresa, diz que não seria correto dizer que esse valor “salvou” a companhia do desaquecimento do mercado interno brasileiro em meio à crise, mas “mostrou que existem outros caminhos”. “O resultado foi muito positivo, uma demonstração de que temos capacidade, produto de qualidade para atender o mercado externo, principalmente na América Latina.”
“Quando o mercado brasileiro estava com uma demanda muito boa, há cerca de 12 anos, nós não tínhamos como atender aos dois segmentos”, diz Queiroz, referindo-se aos mercados interno e externo. A partir de 2014, quando o consumo no Brasil passou a dar sinais de recuo, “a empresa começou a perceber que dava para atender o mercado externo”, conta o gerente de vendas.
Após a primeira remessa para o Paraguai em 2016, a NSF tentou ainda exportar para a Colômbia, mas perdeu a concorrência para uma empresa alemã. Mesmo assim, a companhia segue com projetos para exportar para o país, com representante comercial local para buscar novos negócios por lá. A NSF também se prepara para negociar com empresas compradoras no Chile.
“Agora, falta realmente nos estruturarmos, arrumarmos pessoas que nos representem nesses países. Isso é um processo que demanda um pouco mais de tempo, e eventuais participações em feiras de negócios”, diz Queiroz.
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Há também empresas grandes na lista de empresas que exportaram pela primeira vez em 2016. Do setor automotivo, três fabricantes de automóveis instaladas no Brasil exportaram pela primeira vez no ano passado.
A Nissan, sediada em Resende (RJ) enviou 3.690 unidades dos modelos March e Versa para Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. No início de fevereiro, a marca de origem japonesa anunciou o início das exportações também para a Argentina. De acordo com a fabricante as exportações representam cerca de 10% de toda a produção na unidade.
A Hyundai Motor Brasil, que tem fábrica em Piracicaba (SP), vendeu 1.212 unidades da família HB20 para o Paraguai e o Uruguai. Já a alemã BMW firmou acordo com os Estados Unidos para exportar 10 mil carros feitos em Araquari (SC) ao país. Até o final de 2016, foram enviados 3,7 mil veículos do modelo X1.

Primeiros passos

Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Adriana Rodrigues e Sergio Costa apontam que entre as principais dificuldades para as empresas que querem começar a exportar, especialmente entre as pequenas e médias, está o acesso à informação. “O maior impasse é o desconhecimento sobre os processos que é preciso preparar dentro da empresa com vista a torná-la apta para a exportação", diz Costa.
“O segundo ponto é a disposição para preparar e adaptar o produto a outros mercados", acrescenta Adriana. "E isso inclui, muitas vezes, mudar a produção, o modelo de negócios.” Costa complementa apontando que as empresas precisam ter em mente as normas técnicas e sanitárias dos países para os quais se pretende vender os produtos.
Para auxiliar nessas etapas, muitas companhias acabam contratando um profissional como “trader” ou empresa consultora para a exportação. A NSF foi assessorada pela Investe São Paulo e participou do Peiex até conseguir a primeira venda externa em 2016. “De 2014 a 2015, estávamos vislumbrando uma forma de atender o mercado externo, mas nós não tínhamos um caminho”, diz Walcenir Queiroz.
Outra empresa especializada em viabilizar exportações de produtos de outras companhias é a MaxxiBrands, que em 2016 trabalhou nas transações de 3 que exportaram seus produtos pela primeira vez. “Em outubro, a MaxxiBrands fez sua primeira exportação direta, para Angola. Desde então, já embarcamos calçados para esse país, além de roupas de praia e fitness para a Bolívia, sacos plásticos de mudas de plantas para Cuba e estamos fechando novos negócios no setor de alimentos na Colômbia”, conta o empresário Luiz Magno.
Magno aponta que “a maioria das indústrias só está procurando exportar depois que a crise bateu, tentando compensar a queda do mercado interno”, mas defende que “o ideal é que as exportações já façam parte do plano de negócios”. Sergio Costa também defende a importância estratégica das exportações, e não apenas “emergencial”. “Nos últimos anos, empresas brasileiras faziam exportação uma vez e abandonavam sua presença no mercado internacional. O concorrente pega aquela fatia, e depois é muito difícil recuperá-la.”
* Colaborou André Paixão

https://g1.globo.com/economia/pme/noticia/numero-de-empresas-do-brasil-exportando-pela-1-vez-mais-que-dobra-em-2016.ghtml

quinta-feira, 12 de abril de 2018


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CNI defee lançamento de negociação de acordo de livre comércio entre Mercosul e Irã



Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) incluiu o Irã como uma das prioridades na Agenda Internacional da Indústria 2018, no esforço de ampliar os vínculos institucionais com o país. Desde a retirada progressiva de sanções contra o Irã, há dois anos, o setor privado brasileiro se encontrou com o governo e empresários do país em três momentos para fortalecer as relações econômicas, comerciais e de investimentos.
“A CNI considera que, neste momento, devemos priorizar a agenda econômica, de comércio exterior e de investimentos com o Irã. E o início das negociações para a celebração de um acordo comercial entre o Mercosul e o Irã é um dos temas mais importantes”, disse o vice-presidente da CNI e presidente do Conselho Temático de Integração Internacional, Paulo Tigre. Ele participou da abertura do Seminário de Relações Econômicas e Comerciais Brasil-Irã, nesta terça-feira (10), na sede da CNI em Brasília.
A indústria defende, ainda, o início de negociações de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) e de Acordo para Evitar a Dupla Tributação, para assegurar regras mais estáveis para as empresas dos dois países. Segundo Paulo Tigre, há diversas oportunidades de comércio, investimentos, integração e de cooperação ainda não exploradas, em segmentos como energia, indústria de defesa e automotivo.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, afirmou que é possível desenvolver projetos conjuntos, com benefícios mútuos, em setores tão diversos como máquinas e equipamentos, petróleo e gás, mineração, petroquímica, aviação, autopeças, maquinário agrícola, equipamentos médicos e alimentos processados.
“Notamos que o Irã tem buscado modernizar seu parque industrial e sua infraestrutura, para o que – tenho certeza – tenha no Brasil um parceiro de primeira hora. O setor produtivo brasileiro se prontifica certamente a suprir a demanda iraniana por máquinas, equipamentos e serviços, assim como para a realização de investimentos nas diversas áreas”, disse o ministro.
De acordo com o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), embaixador Roberto Jaguaribe, atualmente há o ressurgimento de práticas protecionistas e restritivas ao comércio, com questionamentos às regras multilaterais de comércio.
“O Brasil se empenha para evitar retrocessos. Somos pragmáticos neste momento: queremos assegurar maior inserção de nosso país no mundo, estabelecendo, para isso, parcerias da mais alta confiança”, garantiu.
Lado iraniano
Liderando comitiva de 60 empresas industriais ao Brasil, o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif, disse querer passar de uma relação comercial simples, concentrada na exportação e importação de poucos produtos, para uma relação econômica diversificada com o Brasil. Zarif garantiu que o país é um parceiro seguro para investimentos no Oriente Médio, Ásia Leste e EuroÁsia.
Zarif disse procurar uma saída à falta de financiamento direto entre Brasil e Irã. No momento, bancos brasileiros resistem a manter um relacionamento financeiro com Teerã, por medo de sofrer punições dos Estados Unidos.
“O Brasil pode ser a porta de entrada do Irã na América do Sul. Mas os dois governos precisam facilitar a relação econômica e financeira entre os dois países. Uma forma de cooperação é o uso de moedas locais. Acredito que os bancos centrais dos dois países podem chegar a um acordo para nossas trocas”, afirmou o chanceler iraniano. O Irã abriu linha de crédito de US$ 1,2 bilhão para quem quiser exportar para o Brasil.
(*) Com informações da CNI

https://www.comexdobrasil.com/cni-defende-lancamento-de-negociacao-de-acordo-de-livre-comercio-entre-mercosul-e-ira/

quarta-feira, 11 de abril de 2018


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Secretária do MDIC destaca ações para fortalecer a competitividade do setor de serviços



Brasília – “O governo federal trabalha para cada vez mais fortalecer a competitividade e promover condições para o desenvolvimento das atividades do comércio e dos serviços nacionais.” Foi com essa afirmação que a secretária-executiva do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Yana Dumaresq, destacou as ações da pasta para estimular o setor de serviços brasileiro durante o Encontro Nacional do Comércio Exterior de Serviços (Enaserv). A 9ª edição do evento foi realizada hoje, em São Paulo.
Em seu pronunciamento para especialistas do setor privado e do governo, Dumaresq reforçou as iniciativas da Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do MDIC demandadas pelo setor produtivo brasileiro. “O MDIC tem coordenado ações no âmbito do Fórum de Competitividade do Comércio Exterior de Serviços, que reúne 27 entidades privadas dos principais segmentos do setor, com atuação no comércio internacional. O Fórum tem realizado proveitosas discussões que têm gerado subsídios para uma agenda governamental com vistas à melhoria do ambiente de negócios e da competitividade nacional”, lembrou.
A secretária também destacou a criação de um fórum bilateral com a Argentina para a discussão de temas relacionados à cooperação e aperfeiçoamento do comércio de serviços. “Como todos sabem, a Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil no Mercosul e, agora com este fórum, teremos mais uma oportunidade voltada ao setor privado para o encaminhamento de pleitos e interesses relativos ao mercado argentino”, disse. No âmbito do Mercosul, nos últimos meses, foram realizadas sete rodadas de liberalização no âmbito do Protocolo de Montevidéu sobre Comércio de Serviços.
Outro ponto reforçado por Duramesq foi o papel do setor terciário para o impulsionamento não só da economia brasileira como também do mercado de trabalho. “Hoje, no Brasil, o setor de serviços responde por mais de 70% do valor adicionado ao PIB nacional. Este setor apresenta cifras semelhantes às exibidas pelas economias mais desenvolvidas do mundo. E aqui quero destacar o volume de empregos gerados, que atualmente responde por 67% das vagas formais, além do impacto positivo na competitividade do setor industrial e no agronegócio”, afirmou a secretária.
Enaserv
Voltado para um público formado por empresários, executivos, autoridades do governo, dirigentes de entidades, entre outros, a 9ª edição do Enaserv teve o tema “Comércio Exterior de Serviços Abrindo Mercados”. O evento foi promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) em parceira com a Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC, com apoio da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
(*) Com informações do MDIC

https://www.comexdobrasil.com/secretaria-do-mdic-destaca-acoes-para-fortalecer-a-competitividade-do-setor-de-servicos/

terça-feira, 10 de abril de 2018


Disputa comercial entre China e EUA pode ajudar o Brasil e o Mercosul, diz secretário

Rio de Janeiro – O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, disse nesta segunda-feira (9) que a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China poderá beneficiar o Brasil, e por extensão, o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Em entrevista a jornalistas durante o seminário Mercosul e os Fluxos de Comércio, na Fundação Getulio Vargas (FGV), Estevão disse que a disputa comercial entre duas das maiores economias do mundo, pelo menos até o momento está sendo positiva para o Brasil.
“É claro que uma guerra comercial entre duas economias do tamanho da americana e da chinesa não é bom para ninguém e todos têm a perder. Mas, pontualmente, o que eu tenho visto, é que ela está nos ajudando. Na questão da soja, por exemplo, a decisão da China de impor tarifa sobre a exportação do produto dos Estados Unidos ajuda os produtores de soja do Brasil”, disse.
Para o secretário, o clima ruim em um ambiente de relações comerciais internacionais não pode ser bom para ninguém. “Você está em uma situação como a daquele cidadão que está passando na rua e leva uma bala perdida. Era o caso do aço, por exemplo, onde quase acabamos por levar uma bala perdida. É verdade que no caso do aço conseguimos uma exceção, mas e se não conseguíssemos?”.
Na avaliação do secretário, “se realmente a China fizer um boicote ou aumentar a tarifa para bens de commodities que os Estados Unidos exportam muito, o Brasil se beneficiará porque é um país exportador de commoditie”. Alertou, no entanto, que “amanhã o tema também pode ser outro”.
Para Estevão a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos ajuda o Brasil porque os países que querem fazer acordos e ampliar as relações comerciais vão fazê-lo com o Brasil e com o Mercosul. “E este é o momento adequado para fazê-lo, porque outros blocos comerciais vão querer se aproximar de quem está a favor de uma aproximação”.
Meirelles
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse hoje (9), no encerramento do seminário Mercosul e os Fluxos de Comércio, na Fundação Getulio Vargas (FGV), que o país poderá gerar este ano cerca de 2,5 milhões de empregos e consolidar a recuperação de sua economia. Para isso, no entanto, Meirelles disse que o Brasil precisa manter o rumo e promover as reformas necessárias.
“Eu acredito que o próximo presidente possa consolidar uma trajetória de crescimento do Brasil a taxas superiores a 3,5% ou até a 4% nos próximos anos; com criação de emprego, aumento de renda e com condições de investir em educação, segurança e saúde e todas as necessidades fundamentais ao Estado brasileiro”.
(*) Com informações da Agência Brasil

https://www.comexdobrasil.com/disputa-comercial-entre-china-e-eua-pode-ajudar-o-brasil-e-o-mercosul-diz-secretario/