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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Número de empresas do Brasil exportando pela 1ª vez mais que dobra em 2016


Maioria das companhias que estrearam no mercado externo 

realizaram remessas de até US$ 1 milhão, aponta estudo.

Por Karina Trevizan *, G1
 
om o consumo em baixa no Brasil, o número de empresas locais de olho no mercado externo aumentou durante a crise. Em 2016, a quantidade de companhias que exportaram produtos pela primeira vez mais que dobrou, e atingiu o maior valor já registrado.
No ano passado, 4.843 empresas brasileiras venderam produtos para outros países pela primeira vez – um aumento de 149% em relação a 2015. Antes, o aumento do número total de empresas exportadoras brasileiras havia sido de 7,3% - de 10.289 em 2015 para 11.048 em 2016. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Investe São Paulo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), divulgado ao G1.
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
A pesquisa também mostra que aumentou a proporção de empresas estreantes entre o total de exportadoras. Em 2016, 43% de todas as exportadoras brasileiras fizeram esse tipo de operação pela primeira vez, contra 18% do ano anterior.
Sérgio Costa, diretor de novos negócios da Investe São Paulo, aponta que, além do consumo mais fraco no Brasil, a desvalorização do real nos últimos anos em relação dólar também despertou o interesse das empresas pelo mercado externo. “A desvalorização cambial abriu uma janela de possibilidades, porque tornou o produto brasileiro mais competitivo lá fora do ponto de vista do preço.”
Adriana Rodrigues, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aponta que o aumento da quantidade de empresas interessadas em ingressar no mercado interno foi muito perceptível em 2016.
Ela é coordenadora do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Apex, que atende, em média, 3 mil empresas por ano prestando consultoria a quem deseja exportar. Somente em 2016, 2.145 das empresas atendidas estavam à procura de orientação para exportar pela primeira vez.
“Provavelmente o resultado disso vai ser visto agora em 2017, porque o processo de exportação leva um tempo não só na preparação da empresa, mas também na negociação. A gente teve em 2016 um crescimento no interesse. Em 2017, vamos ter um número expressivo de novas empresas exportando”, prevê Adriana.
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)

O perfil das estreantes

Segundo o levantamento da Investe São Paulo, quase todas as empresas que estrearam no mercado externo em 2016 realizaram remessas de até US$ 1 milhão. Apenas 6% dos exportadores iniciantes, aproximadamente, fizeram operações acima desse valor.
A pesquisa também aponta que São Paulo liderou o avanço. Das 4.843 empresas que exportaram pela primeira vez, 2.010 são paulistas – ou 41%.
Uma das empresas paulistas que entraram no mercado externo em 2016 foi a NSF, que é de São Carlos, tem 450 funcionários e fabrica prateleiras para supermercados. No ano passado, a empresa fez uma venda no valor de US$ 170 mil para o Paraguai, sua primeira remessa internacional.
A empresa não informou quanto isso representa em seu faturamento total do ano. De qualquer forma, Walcenir Queiroz, gerente de vendas da empresa, diz que não seria correto dizer que esse valor “salvou” a companhia do desaquecimento do mercado interno brasileiro em meio à crise, mas “mostrou que existem outros caminhos”. “O resultado foi muito positivo, uma demonstração de que temos capacidade, produto de qualidade para atender o mercado externo, principalmente na América Latina.”
“Quando o mercado brasileiro estava com uma demanda muito boa, há cerca de 12 anos, nós não tínhamos como atender aos dois segmentos”, diz Queiroz, referindo-se aos mercados interno e externo. A partir de 2014, quando o consumo no Brasil passou a dar sinais de recuo, “a empresa começou a perceber que dava para atender o mercado externo”, conta o gerente de vendas.
Após a primeira remessa para o Paraguai em 2016, a NSF tentou ainda exportar para a Colômbia, mas perdeu a concorrência para uma empresa alemã. Mesmo assim, a companhia segue com projetos para exportar para o país, com representante comercial local para buscar novos negócios por lá. A NSF também se prepara para negociar com empresas compradoras no Chile.
“Agora, falta realmente nos estruturarmos, arrumarmos pessoas que nos representem nesses países. Isso é um processo que demanda um pouco mais de tempo, e eventuais participações em feiras de negócios”, diz Queiroz.
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Há também empresas grandes na lista de empresas que exportaram pela primeira vez em 2016. Do setor automotivo, três fabricantes de automóveis instaladas no Brasil exportaram pela primeira vez no ano passado.
A Nissan, sediada em Resende (RJ) enviou 3.690 unidades dos modelos March e Versa para Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. No início de fevereiro, a marca de origem japonesa anunciou o início das exportações também para a Argentina. De acordo com a fabricante as exportações representam cerca de 10% de toda a produção na unidade.
A Hyundai Motor Brasil, que tem fábrica em Piracicaba (SP), vendeu 1.212 unidades da família HB20 para o Paraguai e o Uruguai. Já a alemã BMW firmou acordo com os Estados Unidos para exportar 10 mil carros feitos em Araquari (SC) ao país. Até o final de 2016, foram enviados 3,7 mil veículos do modelo X1.

Primeiros passos

Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Adriana Rodrigues e Sergio Costa apontam que entre as principais dificuldades para as empresas que querem começar a exportar, especialmente entre as pequenas e médias, está o acesso à informação. “O maior impasse é o desconhecimento sobre os processos que é preciso preparar dentro da empresa com vista a torná-la apta para a exportação", diz Costa.
“O segundo ponto é a disposição para preparar e adaptar o produto a outros mercados", acrescenta Adriana. "E isso inclui, muitas vezes, mudar a produção, o modelo de negócios.” Costa complementa apontando que as empresas precisam ter em mente as normas técnicas e sanitárias dos países para os quais se pretende vender os produtos.
Para auxiliar nessas etapas, muitas companhias acabam contratando um profissional como “trader” ou empresa consultora para a exportação. A NSF foi assessorada pela Investe São Paulo e participou do Peiex até conseguir a primeira venda externa em 2016. “De 2014 a 2015, estávamos vislumbrando uma forma de atender o mercado externo, mas nós não tínhamos um caminho”, diz Walcenir Queiroz.
Outra empresa especializada em viabilizar exportações de produtos de outras companhias é a MaxxiBrands, que em 2016 trabalhou nas transações de 3 que exportaram seus produtos pela primeira vez. “Em outubro, a MaxxiBrands fez sua primeira exportação direta, para Angola. Desde então, já embarcamos calçados para esse país, além de roupas de praia e fitness para a Bolívia, sacos plásticos de mudas de plantas para Cuba e estamos fechando novos negócios no setor de alimentos na Colômbia”, conta o empresário Luiz Magno.
Magno aponta que “a maioria das indústrias só está procurando exportar depois que a crise bateu, tentando compensar a queda do mercado interno”, mas defende que “o ideal é que as exportações já façam parte do plano de negócios”. Sergio Costa também defende a importância estratégica das exportações, e não apenas “emergencial”. “Nos últimos anos, empresas brasileiras faziam exportação uma vez e abandonavam sua presença no mercado internacional. O concorrente pega aquela fatia, e depois é muito difícil recuperá-la.”
* Colaborou André Paixão

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Rodada de negócios com Emirados Árabes Unidos gera expectativa de investimentos.










Mais de 50 empresas participaram na tarde desta segunda-feira (23) de rodada de negócios realizada em Brasília pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos. Empresários saíram do evento com perspectivas de conclusão de negócios. O interesse das empresas brasileiras em parceiros estrangeiros para seus negócios oscilou desde participações no valor de US$ 2 milhões até aproximadamente US$ 50 milhões.
O evento Brazil-United Arab Emirates Agribusiness Investor Road Show é um dos resultados da missão realizada neste ano, no mês de maio, pelo ministro Blairo Maggi com o objetivo de aumentar a parceria com o país, explicou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Luiz Ribeiro e Silva.
Empresas brasileiras do setor agropecuário e investidores da delegação vinda de Abu Dhabi contemplavam interesse dos investidores em setores de frutas, orgânicos, lácteos, proteína animal, arroz, milho, outros grãos e sementes, alimentos processados, além de energias alternativas.
A missão dos Emirados Arábes Unidos teve a presença do diretor-geral do Centro de Defesa Agropecuária do país, Khalifah Al Ali. A expectativa é de que as conversas sejam retomadas para eventuais fechamentos de negócios depois que os investidores retornarem ao seu país, detalhando as possibilidades que foram discutidas aqui no Brasil.
O evento foi uma iniciativa da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa e faz parte do Programa Agro+ Investimentos, ação que visa a atração de investimentos diretos externos e identificar oportunidades no agronegócio brasileiro.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa

http://www.investexportbrasil.gov.br/rodada-de-negocios-com-emirados-arabes-unidos-gera-expectativa-de-investimentos

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Rodadas de negócios do Ciclo de Exportação SP superam expectativas e faturam US$ 17,8 milhões














São Paulo – As 90 empresas que participaram das rodadas de negócios do Ciclo de Exportação São Paulo, que aconteceu entre os dias 16 e 18 de outubro, estão comemorando uma expectativa de negócios de US$ 17,7 milhões, mais que o dobro dos US$ 8,2 milhões previstos inicialmente pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O encontro reuniu, em um único evento, os esforços de promoção de exportações realizados pela Agência e pelo Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), em parceria com entidades como Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Federação das Indústria do Estado de São Paulo (FIESP), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP), Agência SP Negócios e Prefeitura do Município de São Paulo.
A rodada de negócios contou com 33 tradings e 10 compradores internacionais, e foram realizadas mais de 260 reuniões entre eles e as empresas brasileiras vendedoras. O foco da ação multissetorial foi promoção do comércio internacional para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), mas não foi exclusivo para elas.
A realização do Ciclo de Exportação São Paulo foi possível pela congruência de agendas estratégicas que se realizariam na capital paulista no mesmo intervalo de tempo: a Apex-Brasil realizaria o Brasil Trade, o Conselho Brasileiro de Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) faria o IX Encontro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras e o CIESP/FIESP, a conclusão da Jornada São Paulo Exporta. Ao final, o evento ainda contou com o apoio do SEBRAE-SP.
(*) Com informações da Apex-Brasil
https://www.comexdobrasil.com/rodadas-de-negocios-do-ciclo-de-exportacao-sp-superam-expectativas-e-faturam-us-178-milhoes/

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Missão à Espanha visa aumentar comércio bilateral e atrair investimentos








O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, viaja em missão oficial à Espanha, nesta segunda-feira (16), com objetivo de aumentar o comércio bilateral com o país e atrair investimentos para setores-chaves do agronegócio brasileiro.
A agenda inclui reuniões bilaterais com o secretário geral de Agricultura e Alimentação, Carlos Cabanas Godino, e com a ministra da Agricultura, Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina.
Novacki participará da feira Fruit Attraction 2017, uma das principais portas de entrada do mercado europeu de frutas e vegetais. O Brasil também participará do evento com um estande de 80 m² que servirá de plataforma de apoio para 18 empresas do setor que promoverão os produtos brasileiros.
Terá reunião com os principais importadores e distribuidores de frutas brasileiras na Europa. E irá ao Encontro Empresarial Espanha-Brasil, no Global Fresh Market Forum da feira Fruit Attraction, além de encontrar-se com o presidente do Porto de Las Palmas, Luis Ibarra Betancort.
Integram a comitiva do Mapa o diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias, Alexandre Pontes, o diretor do Departamento Promoção Internacional do Agronegócio, Evaldo da Silva Júnior e o superintendente Federal em Roraima, Plácido Figueredo Neto, além da Coordenadora-Geral de Promoção Comercial substituta, Rosilene Lozzi Bandera.
Farão parte também o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul e presidente do Conselho Nacional de Secretários da Agricultura (Conseagri), Ernani Polo, e o conselheiro chefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Jandyr Ferreira dos Santos Jr.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa

http://www.investexportbrasil.gov.br/missao-espanha-visa-aumentar-comercio-bilateral-e-atrair-investimentos

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

América Latina volta a crescer, embora timidamente, diz FMI


















O panorama econômico global é muito diferente de um ano atrás. Isso se explica por uma melhora nos indicadores dos países desenvolvidos, mas também nos mercados emergentes. A América Latina não escapa a essa tendência global, mas, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), sua recuperação continua sendo incompleta. Entre as economias com previsão de melhora está a brasileira: avanço do Brasil será de 0,7% neste ano, com expectativa de 1,5% em 2018

Em novas projeções divulgadas nesta terça-feira, o FMI elevou em 0,1 ponto percentual a sua projeção de crescimento global para 2017 e 2018, que fica em 3,6% e 3,7% respectivamente, frente aos 3,2% de 2016. A revisão para cima reflete o firme aumento da demanda na ChinaRússia e Brasil. As condições financeiras também são em geral favoráveis para as economias emergentes, que se expandirão 4,6% neste ano e 5% em médio prazo.
A América Latina crescerá a um ritmo de 1,2% em 2017, depois de uma contração de 0,9% em 2016. Isso representa uma melhora de apenas 0,2 ponto em relação ao que se previa três meses atrás. Em 2018, a cifra deve subir para 1,9%, mantendo a projeção de julho passado. Estas taxas, entretanto, mostram a dificuldade da região para render perto do seu potencial.
O Brasil, maior economia do subcontinente, sofreu dificuldades macroeconômicas severas em 2015 e 2016. A recessão do ano passado foi profunda, com uma contração de 3,6%. Daí passa a crescer 0,7% neste ano e duplicará a cifra para 1,5% no ano que vem. A aceleração é atribuída a um rendimento robusto das exportações, graças à desvalorização do real, e ao abrandamento da tendência de contração na demanda interna.
A queda no valor da moeda brasileira decorre de uma política monetária expansiva, a fim de estimular o crescimento com o barateamento dos empréstimos. Mas os economistas do FMI observam também que há preocupação com as reformas em curso e apontam, nesse sentido, a fragilidade dos investimentos. Confiam, em todo caso, que elas contribuam para uma recuperação gradual da confiança à medida que forem sendo aplicadas medidas que ajudem a sustentar as contas públicas.

Negociação comercial

México, por sua vez, continua mantendo o impulso, apesar das perspectivas negativas na revisão do acordo de livre comércio com os Estados Unidos e Canadá (NAFTA). A quarta rodada de negociações acontece nesta semana em Washington. A projeção, no caso mexicano, foi revista para 0,2 ponto percentual a mais do que a estimativa de julho, chegando a um crescimento de 2,1% – o que ainda é inferior aos 2,3% registrados em 2016. Para 2018, a previsão ficou 0,1 ponto abaixo da estimativa anterior, em 1,9%.
O FMI explica que a mudança na previsão tem a ver com a situação nos EUA. O FMI projeta que a economia norte-americana avançará 2,2% neste ano e 2,3% no próximo. Diferentemente do real brasileiro, o peso mexicano seguiu uma tendência oposta. Valorizou-se 10% graças a uma política monetária mais restritiva (com o encarecimento dos empréstimos, por exemplo) ao abrandamento dos atritos político com os EUA e a uma maior confiança dos investidores.
Quanto à Argentina, a projeção é de uma recuperação sólida do crescimento, que chegaria a 2,5% neste ano. O resultado positivo é visto como fruto das elevações salariais, que estimularam o consumo. Também o investimento se recupera, puxado pelas obras públicas, enquanto o setor exportador se beneficia de um incremento da demanda externa. O FMI prevê que a economia argentina quase repita a expansão de 2,5% em 2018.

Tensões políticas

A estimativa para o Chile é de um crescimento de 1,4% neste ano, por causa da fragilidade do setor minerador, mas a tendência é de que se recupere para 2,5% em 2018, graças a uma melhora da confiança e à redução dos juros. A Colômbia, por sua vez, crescerá 1,7% e depois duplicará esse ritmo no ano seguinte, beneficiando-se dos gastos em infraestrutura, da reforma fiscal e do efeito dos acordos de paz. O PIB peruano registrará alta de 2,7% neste ano e 3,8% no próximo.
O FMI volta a citar as dificuldades para os países exportadores de energia e de matérias primas, que, apesar da estabilização dos mercados, estão tendo dificuldades para se adaptar à nova realidade de preços mais baixos. O relatório também faz referência às tensões políticas e especialmente à “intensificação da crise política e humanitária” que afeta a Venezuela, mergulhada em uma profunda recessão de 12%.
Maurice Obstfeld, economista-chefe do FMI, espera que esta lufada favorável, uma década depois do início da Grande Recessão mundial, sirva como “oportunidade” para a adoção de políticas mais ambiciosas que sustentem o crescimento e tornem a economia mais resistente a choques futuros. O organismo reitera a necessidade de avançar nas reformas estruturais para elevar a competitividade e o investimento em capital humano.

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/10/internacional/1507639595_699470.html

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Seminário reforça importância da mobilização por avanço da logística reversa no Paraná















Curitiba – Um público de aproximadamente 500 pessoas, incluindo empresários e técnicos de indústrias de diversos segmentos, além de representantes de sindicatos, associações setoriais e do poder público, participam nesta quarta-feira (18), em Curitiba, do 1º Seminário Paranaense de Logística Reversa.
O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), tem o objetivo de apresentar o status da implementação dessa prática no Estado, além de apresentar casos concretos já implantados para a correta destinação de resíduos pós-consumo. O seminário tem como correalizadores a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), o Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) e o Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Paraná (Sinqfar/PR).

Na abertura do evento, o diretor da Fiep, Virgílio Moreira Filho, que representou o presidente da entidade, Edson Campagnolo, destacou o papel da Federação na mobilização do setor industrial paranaense em torno da logística reversa desde 2010, quando foi implantado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “A Fiep, desde a criação do PNRS, tem feito um trabalho incessante junto com a Sema e os sindicatos filiados a esta entidade, justamente para conscientizar as indústrias sobre a importância da coleta de embalagens e resíduos junto aos consumidores”, afirmou.
Foi justamente o PNRS que instituiu a obrigatoriedade da logística reversa, que consiste na implantação de ações para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos pós-consumo ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou para uma destinação ambientalmente adequada. A norma considera que fabricantes, comerciantes, importadores, distribuidores, consumidores e o poder público têm responsabilidade compartilhada nesse processo.
No Paraná, o setor industrial tem se debruçado sobre esse tema desde 2012. Naquele ano, por articulação da Fiep, sindicatos empresariais ligados a diferentes cadeias produtivas assinaram termos de compromisso com a Sema, iniciando as discussões para a elaboração de planos de logística reversa no Estado. Desde então, vários setores avançaram nesse processo, com iniciativas concretas já em andamento. Uma das mais recentes, lançada no último mês de julho, foi a criação do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR), que vai atuar principalmente para a o correto descarte ou reutilização de embalagens das indústrias de alimentos.
O presidente do InPAR, Rommel Barion, ressaltou a importância do seminário para ampliar as discussões sobre a implantação da logística reversa no Paraná. “Os debates darão um panorama do desenvolvimento desse importante assunto para a economia do Paraná”, disse. “Iniciativas como este seminário mostram que a logística reversa pode ser uma alternativa sustentável. Já temos diversas empresas que fazem ações isoladas de logística reversa, mas ainda é possível evoluir nessa questão”, completou.
Quem também participou da abertura do seminário foi o presidente do Sinqfar/PR, Marcelo Melek. Ele afirmou que, no Paraná, a logística reversa já é uma realidade, graças ao trabalho em sinergia que foi realizado pelo poder público e iniciativa privada. “A Fiep teve um papel fundamental nesse processo, porque foi a primeira entidade que encarou a logística reversa e conseguiu traduzir essa necessidade para os sindicatos do Paraná. Ao passo que a própria indústria faz o seu papel de promover a logística reversa e contribuir com o meio ambiente, está contribuindo para toda a sociedade”, declarou.
Melek destacou ainda o programa de coleta e destinação de medicamentos em desuso, desenvolvido pelo Sinqfar/PR com a participação de cinco indústria do setor. “Hoje temos 22 pontos de coleta no Estado. É um processo difícil, em que ainda há muita resistência de algumas empresas, principalmente de outros estados, mas queremos ampliar esse número dentro e fora do Paraná”, explicou.
Já o presidente do Instituto de Logística Reversa (ILOG), Nilo Cini Junior, afirmou que o seminário é um fato importante para aumentar a mobilização em torno dessa prática. “Muitas vezes nos sentimos sós nessa caminhada, mas hoje pode ser um marco para a gente reverter isso. Vejo aqui muitos interessados na logística reversa e o nosso trabalho conjunto pode trazer uma melhora ambiental para o estado do Paraná”, disse.
Também presente na solenidade de abertura, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Antonio Carlos Bonetti, afirmou que o diálogo é o principal instrumento para o avanço da logística reversa no Paraná. “Antes da fiscalização e da repressão, deve vir a educação e a cooperação. O radicalismo não oferece progresso, e no meio ambiente isso é realidade. Por isso trabalhamos muito para buscar entendimentos e avanços”, afirmou. “Neste seminário temos a oportunidade de ouvir o que vem sendo feito por aqueles que já tem iniciativas importantes, mas também para ver o quanto podemos evoluir”, acrescentou.
(*) Com informações da FIEP

https://www.comexdobrasil.com/seminario-reforca-importancia-da-mobilizacao-por-avanco-da-logistica-reversa-no-parana/

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Abertura da indústria a produtos europeus será gradual, afirma ministro

















BRASÍLIA – A abertura do mercado sul-americano para industrializados europeus deverá ocorrer de forma “gradual e responsável”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. “Entramos na etapa decisiva das negociações, e o Mercosul está preparado para buscar acordo equilibrado, que nos amplie oportunidades.”
Tachada no passado como principal foco de resistência ao acordo por temer a concorrência europeia, a indústria brasileira agora vê ganhos na conclusão da atual rodada. “Em uma lista de 1.000 produtos em que o Brasil tem chance de competir na Europa, 67% enfrentam tarifas”, disse o gerente de Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrizio Panzini.
Os aviões da Embraer, por exemplo, precisam pagar tarifa de 3% para entrar na Europa. Os calçados são taxados com até 20% e os produtos químicos, com 3% a 8%. Um acordo ajudaria a reduzir essas tarifas e a dar melhores condições de competição aos produtos brasileiros.
Há ganhos também em outras frentes, como por exemplo o acordo de compras governamentais. Ele vai garantir que, numa lista de produtos comprados pelas administrações públicas europeias, os fornecedores brasileiros tenham as mesmas condições dos fabricantes locais. E vice-versa. Trata-se de um mercado de US$ 1,6 trilhão.
Investimentos. O acordo contempla também regras para facilitar investimentos europeus no Mercosul e vice-versa. “O acordo traz oportunidade para aumentar o investimento europeu no Brasil e gera fluxo de comércio grande”, disse Panzini.
A proposta apresentada pela indústria do Mercosul prevê a redução gradual de tarifas de importação cobradas sobre quase 90% dos produtos. A queda ocorrerá ao longo de 10 a 15 anos, mas em alguns produtos a abertura ocorrerá mais rápido, num prazo de dois a oito anos. Na via oposta, o Mercosul quer que os europeus “zerem” de imediato tarifas de importação que se propuseram a eliminar em prazos como quatro e oito anos.
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,abertura-da-industria-a-produtos-europeus-sera-gradual-afirma-ministro,70002021831

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Ministro da Agricultura negocia em Moscou ampliação do comércio Brasil-Rússia










Em viagem a Moscou, o ministro Blairo Maggi (Mapa) está negociando a ampliação do comércio bilateral agrícola entre Brasil e Rússia. Segundo ele, o setor do agronegócio brasileiro quer aumentar as exportações de carnes bovina e suína e de soja para aquele mercado, além de ter um maior número de frigoríficos habilitados para embarques. A Rússia, por sua vez, espera vender trigo, pescados (bacalhau in natura) e cortes de picanha de gado para o Brasil.
“Estamos negociando e com certeza vamos avançar”, disse Maggi. “Sempre repito que o comércio internacional tem duas vias: os países e as empresas querem comprar, mas também desejam vender.” Em Moscou, ele já teve reuniões com o ministro da Agricultura russo, Alexander Tkatchev, e com empresários para tratar do comércio bilateral.
Maggi destacou que a produção agrícola russa vem crescendo nos últimos tempos. “Neste ano, por exemplo, a safra de trigo da Rússia é calculada em 80 milhões de toneladas. Por isso, o país busca um acordo fitossanitário com o Brasil para que o cereal deles tenha acesso ao nosso mercado, que importa cerca de 5 milhões de toneladas por ano.”
De acordo com Maggi, a Rússia também está aumentando a área de cultivo de soja e milho e a criação de suínos e bovinos. “Então, num prazo de 10 anos, o país será autossuficiente em tudo e também quer exportar, o que é natural. E nós, brasileiros, queremos que nossos alimentos tenham maior participação naquele mercado.”
Em 2016, as exportações agrícolas do Brasil para a Rússia totalizaram US$ 2,07 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,06 bilhões. Os principais produtos embarcados foram carne suína in natura (US$ 513,4 milhões), soja em grãos (US$ 411,1 milhões) e carne bovina (US$ 389,8 milhões). Já as vendas de alimentos russos para o mercado brasileiro foram de US$ 4,74 milhões.
Maggi fica na Rússia até esta quinta-feira (5). Depois, viaja para Colônia, Alemanha, onde visita a feira de Anuga, no sábado (7). O ministro chefia missão à Europa acompanhado do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, e do diretor do Departamento de Promoção Internacional, Evaldo da Silva Júnior.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa

http://www.investexportbrasil.gov.br/ministro-da-agricultura-negocia-em-moscou-ampliacao-do-comercio-brasil-russia

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Transporte aéreo dedicado traz ao Brasil o Antonov 124, segundo maior avião de carga do mundo






Porto Alegre – A ES Logistics trouxe para o Brasil seis aviões Antonov 124, o segundo maior avião de carga do mundo. A operação com os aviões foi apenas uma parte da logística que começou na coleta das cargas nos exportadores até a entrega na porta do importador. O projeto foi concluído em 36 dias sendo que, em alguns embarques, a entrega door-to-door foi realizada em menos de 48 horas. Os embarques partiram da Escandinávia e os pousos realizados no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.
Em um embarque aéreo regular, uma operação door-to-door levaria pelo menos sete dias para ser finalizada já que após a chegada em Viracopos as cargas seguiram por terra quase 1200km em regime alfandegado. “O afretamento dos Antonov 124 resultou na redução significativa do tempo de trânsito, mas exigiu muito planejamento e organização. Foram várias semanas de preparação para que os vôos atendessem a necessidade do nosso cliente final.  Quando voamos para Porto Alegre conseguimos entregar as cargas no cliente final em apenas 36 horas, um recorde para o transporte de carga aéreo”, afirma o diretor da ES Logistics, Evandro Ardigó.
A operação realizada pela ES Logistics é chamada de door-to-door (porta a porta), já que eles ficam responsáveis por todo o transporte  desde o transporte para o aeroporto, operação de carregamento, o transporte em si e a entrega na porta do cliente. Com seis voos do Antonov 124, a ES Logistics transportou ao todo 12 cargas críticas , totalizando o transporte de mais de 300 toneladas.
Os vôos tiveram sempre duas paradas para reabastecimento antes de chegar ao destino, em Leipzig na Alemanha e em Dakkar no Senegal.  Desenvolvido inicialmente como cargueiro militar, o Antonov 124 é o segundo maior avião cargueiro do mundo, perdendo apenas para o An-225. Porém, é considerado o maior avião de carga já feito em escala industrial. A quantidade de AN124 disponíveis para afretamento é limitada e portanto sua contratação exige muita precisão e agilidade.
Sobre a ES Logistics:
Há 17 anos no mercado e ES Logistics possui hoje um dos maiores portfolios de cargas projeto do Brasil. Afretamentos marítimos e aéreos, transporte de parques fabris completos e a movimentação de cargas super pesadas estão entre os destaques desse portfolio. A empresa possui 11 filiais localizadas nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. O sucesso no segmento de cargas projeto é atribuído à experiência da equipe da ES e sua dedicação à cada embarque específico.
(*) Com informações da ES Logistics

https://www.comexdobrasil.com/transporte-aereo-dedicado-traz-ao-brasil-o-antonov-124-segundo-maior-aviao-de-carga-do-mundo/