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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Índia aprova tratado para facilitar comércio com Brasil

















Nova Délhi – O governo da Índia aprovou nesta quinta-feira um Tratado de Cooperação e Facilitação em Investimentos (ICFT, em inglês) com o Brasil, com o qual espera aumentar o comércio entre os países.
“O tratado resultará em um aumento das correntes de investimento entre os dois países. O ICFT entre a Índia e o Brasil proporcionará uma facilitação apropriada aos investidores brasileiros na Índia e aos investidores indianos no Brasil”, informou o governo indiano em comunicado.
O acordo, ao qual o gabinete deu sinal verde hoje durante uma reunião presidida pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, se traduzirá também em uma melhoria do clima investidor, ao aumentar “o nível de conforto e promover a confiança dos investidores”, segundo a nota.
Ao mesmo tempo, pretende garantir que todos os investidores tenham um acesso igualitário em todos os âmbitos do processo.
Durante uma visita do presidente Michel Temer à Índia no ano passado, sua delegação já havia apresentado a Nova Délhi uma proposta de preferências tarifárias e proposto a assinatura de vários memorandos de entendimento.
A troca comercial entre Índia e Brasil rondou em 2015 o valor de US$ 7,9 bilhões, um número inferior à quantia recorde alcançada em 2014, US$ 11,42 bilhões, com um volume de exportações brasileiras similar às indianas.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Estudo do Sebrae mostra aumento de 12% na participação das PMEs nas exportações em 2016
















Brasília – Apesar da crise financeira, o número de pequenos negócios exportadores registrou um crescimento de 12% em 2016, frente ao ano anterior. O desempenho é verificado pelo estudo “As Micro e Pequenas Empresas nas Exportações Brasileiras – 2009 a 2016”, realizado pelo Sebrae com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
Em 2011, as MPE representavam 32,8% do total de empresas exportadoras. A participação subiu para 38%, em 2016, quando mais de 8 mil empresas de micro e pequeno porte venderam para o exterior, alcançando o recorde da série histórica.
“A tendência é que este número continue crescendo, pois hoje as MPE têm maior facilidade para acessar compradores internacionais, até por meio da internet e das mídias sociais. Sem falar nos avanços obtidos com o Simples Internacional, como o Operador Logístico Internacional – figura que cuida de toda a tramitação burocrática para o comércio exterior do pequeno exportador ”, comentou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, em referência ao conjunto de medidas respaldadas na Lei 147/2014, que alterou o Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, assegurando o acesso ao mercado externo por meio de procedimentos simplificados de habilitação e despacho aduaneiro.
Para o presidente, apesar do esforço do governo em abrir caminho para as exportações, falta criar uma política de comércio exterior voltada às micro e pequenas empresas e integrar mais os órgãos anuentes que autorizam as compras e vendas para o exterior. “O comércio exterior é um emaranhado de obstáculos que as empresas têm que ultrapassar As grandes têm mais casco para atravessar esse mar, mas as pequenas não”, analisou.
O estudo do Sebrae também apontou uma tendência de aumento do valor total exportado pelas micro e pequenas empresas, em contrapartida ao movimento verificado entre as médias e grandes exportadoras. Em 2016, as MPE faturaram US$ 997,7 milhões em vendas para fora, o que significou alta de 6% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o valor exportado pelas médias e grandes empresas caiu 3,5%.
“Mesmo com tantas dificuldades, juros altos e falta de crédito, os pequenos negócios têm conseguido furar bloqueios e se posicionar no cenário das exportações. Por isso, o Sebrae continua investindo muito em consultorias on-line, capacitações e informações sobre inteligência de mercado para preparar esse empresário”, afirmou Guilherme Afif Domingos.
Em 2016, o foco das exportações das MPE foram os mercados dos Estados Unidos e do Canadá (20,5% das vendas totais), do Mercosul (20,3%) e da União Europeia (20,2%). Os principais produtos exportados pelas microempresas são vestuário, calcados e, pedras preciosas ou semipreciosas, enquanto as pequenas empresas se destacaram nas exportações de madeira serrada, obras de mármore e granitos e também nas vendas externas de pedras preciosas.
De acordo com o estudo do Sebrae, 90% das empresas de micro e pequeno porte que exportam estão concentradas em cinco estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
(*) Com informações do Sebrae

https://www.comexdobrasil.com/estudo-do-sebrae-mostra-aumento-de-12-na-participacao-das-pmes-nas-exportacoes-em-2016/

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Missão do Egito vem ao Brasil prospectar negócios no contexto do acordo com o Mercosul




















São Paulo – Uma delegação governamental e empresarial egípcia estará em São Paulo nos dias 07 e 08 de dezembro para promover um seminário sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito, que entrou em vigor em setembro, e para participar de rodada de negócios com empresas brasileiras.
Dominic Chavez/Banco Mundial

Setor têxtil estará representado na missão
O chefe do Escritório Comercial do Egito em São Paulo, Mohamed Elkhatib, disse que o grupo será composto por cinco representantes do governo, entre eles o diretor do Serviço Comercial Egípcio (ECS, na sigla em inglês), órgão do Ministério da Indústria e Comércio, Ahmed Antar, e a diretora da Agência de Desenvolvimento de Exportações do país (EDA, na sigla em inglês), Sherine El Shorbagy.
Do setor privado, a delegação contará com executivos de dez empresas dos ramos de material de construção, têxteis, agronegócio e produtos químicos. “Eles querem explorar oportunidades para fazer mais negócios com o Brasil e também se beneficiar do acordo com o Mercosul”, observou Elkhatib.No dia 08, na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, serão realizados o seminário, pela manhã, e a rodada de negócios, à tarde. “Vamos realizar uma discussão para ver o que podemos fazer para promover o comércio e os investimentos entre o Mercosul e o Egito após a entrada em vigor do acordo”, destacou Elkhatib.
“Há muitas oportunidades no Brasil e no Mercosul a explorar”, comentou.As inscrições estão abertas para empresas brasileiras que queiram assistir ao seminário e participar da rodada de negócios (ver detalhes abaixo). “É uma oportunidade para conhecer um pouco mais o acordo Mercosul-Egito, para aproveitar as oportunidades criadas pelas desgravações tarifárias e também para conhecer um pouco o potencial do Egito como mercado exportador”, ressaltou o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby.Além das oportunidades criadas pelo acordo, o governo do Egito quer divulgar o ambiente de negócios do país e as possibilidades de investimentos, com destaque para a nova legislação sobre o tema aprovada recentemente.
No dia 07, a delegação irá se encontrar com representantes de órgãos estatais brasileiros e de entidades setoriais.As exportações do Brasil ao Egito somaram mais de US$ 2 bilhões de janeiro a outubro, um aumento de 32% sobre o mesmo período do ano passado.
Os principais itens embarcados foram açúcar, carne bovina, milho, carne de frango e minério de ferro.Na outra mão, o Egito vendeu ao Brasil o equivalente a US$ 140 milhões, um aumento de 91,6% na mesma comparação. Os principais itens da pauta são fertilizantes, naftas e azeitonas.
Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Serviço
Encontro Empresarial Brasil-Egito
Dia 08 de dezembro, sexta-feira, das 09 às 12 horas (seminário) e das 12 às 15 horas (rodada de negócios)
Na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Avenida Paulista, 283, 11º andar, Bela Vista, São Paulo, SPMais informações com Tamer Mansour
Tel.: (11) 3145-3222E-mail: tmansour@ccab.org.br
(*) Com informações da ANBA

https://www.comexdobrasil.com/missao-do-egito-vem-ao-brasil-prospectar-negocios-no-contexto-do-acordo-com-o-mercosul/

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Mercosul oferecerá queda gradual de tarifas a UE em acordo



















Buenos Aires – O Mercosul oferecerá à União Europeia uma redução gradual das tarifas de compras de seus produtos em menos de 10 anos, mas espera um “incremento substancial” da cota de exportação de carne do bloco sul-americano, disse um funcionário argentino que participa das negociações para um acordo comercial entre os dois blocos.


A nova proposta implica em uma redução mais rápida do que a redução de tarifas em um período maior de 15 anos oferecida anteriormente pelo Mercosul, disse o secretário de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina, Horacio Reyser, em entrevista à Reuters.

“Em algum momento da rodada de negociação, vamos apresentar um exercício de aceleração (da redução), isto é, vamos apresentar um percentual do comércio substancial em cestas de redução de menos de 10 anos, até chegar a zero”, afirmou Reyser.

Mas Reyser também disse que espera um “incremento substancial” na oferta de uma cota de 70 mil toneladas anuais de carne bovina sem a cobrança de tarifas proposta pela UE em outubro, uma proposta considerada decepcionante pelo setor de alimentos, crucial para a economia do Mercosul.

Logo que essa oferta foi divulgada, o ministro argentino da Agroindústria, Luis Etchevehere, que até semanas atrás liderava um importante grupo de produtores, declarou à Reuters que esperava conseguir uma cota de cerca de 400 mil toneladas.

Um diplomata europeu com conhecimento das negociações disse à Reuters nesta semana que a UE melhoraria sua oferta para a carne, mas que será inferior a 100 mil toneladas. Reyser se recusou a responder se essa cifra lhe parecia razoável.

Tanto os governos do Mercosul –formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai–, como os líderes da UE têm dito que buscam assinar um acordo comercial até o fim deste ano.

O Mercosul entregou neste mês ao vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, uma lista que coloca números em todas as expectativas do bloco para alcançar um acordo, disse Reyser, que se recusou a revelar números, alegando que são confidenciais.

Caso se chegue a um acordo, ele entraria em vigor a partir de 2019, já que exige a aprovação do Parlamento de todos os países envolvidos, estimou Reyser.

“Pode levar no mínimo um ano, um ano e meio até que tudo isso se ratifique”, afirmou Reyser, que na próxima semana viajará a Bruxelas para uma nova rodada de negociações.

https://exame.abril.com.br/economia/mercosul-oferecera-queda-gradual-de-tarifas-a-ue-em-acordo/

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sem acordos internacionais, Brasil perde espaço no comércio global

















SÃO PAULO E BRASÍLIA - Sem acordos internacionais de peso e sendo considerado um dos países mais fechados do mundo, o Brasil vem perdendo ano a ano espaço no comércio internacional. O País, que em 2011 chegou a ter uma participação de 1,4% nas exportações e importações globais, viu essa fatia cair para 1,1% no ano passado. Entre os maiores exportadores, chegou a ocupar a 22.ª posição em 2013, mas caiu para o 26.º posto no ano passado, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Embora esteja encolhendo lá fora, o Brasil vive um momento em que exporta bem mais do que compra do exterior. De janeiro a outubro, o saldo foi positivo em US$ 58,5 bilhões – o maior superávit da série histórica. Só que o desempenho se deve, sobretudo, ao crescimento dos preços das commodities. Nos produtos de maior valor agregado, o País ainda sofre com a falta de competitividade.
“Comemorar a alta nas exportações é correto, mas o fato de o Brasil ser fechado cobra um preço caro na qualidade das nossas exportações. Só exporta bem quem consegue importar sem tantas barreiras”, diz a professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Lia Valls.
Especialistas consultados pelo Estado lembram que o Brasil é corretamente retratado pela OMC como uma economia amplamente movida pelo mercado interno. “Temos um mercado consumidor grande e é até natural que as empresas nacionais se voltem para ele”, diz Lia.
Ao se considerar a participação das importações no PIB (indicador construído pelo Banco Mundial), de 12,1% no ano passado, o Brasil acaba figurando na lista dos países mais fechados do mundo. O porcentual é menos de um terço que o do México, por exemplo.
“O baixo grau de integração ao comércio mundial desestimula tanto a inovação quanto a competitividade internacional das empresas”, afirma Sandra Rios, do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes). “Isso reflete a política comercial brasileira, que privilegia o desenvolvimento de uma indústria integrada verticalmente e voltada para o mercado interno.”
O resultado desse cenário é a má alocação dos recursos produtivos, a baixa incorporação de avanços técnicos e a reduzida inserção no comércio internacional de manufaturados. “Na saída da recessão econômica, o País continua dependente do mercado doméstico para a retomada do nível de atividade da indústria”, diz Rios.
Plano B. Com o mercado interno em baixa nos últimos anos, o que os analistas esperavam era que houvesse uma explosão no número de empresas brasileiras exportadoras em todos os níveis, mas isso não ocorreu.
Mais de 300 empresas deixaram de exportar nas maiores faixas de valor, acima de US$ 5 milhões, entre 2013 – quando a recessão ainda não tinha começado – e outubro deste ano. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
A Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, e uma das principais exportadoras de manufaturados do País, viu suas vendas externas de compressores para refrigeração caírem 40% nos últimos cinco anos (leia mais na B3).
O crescimento no número de exportadores ocorreu apenas na base, entre os que comercializaram até US$ 5 milhões no ano. Essas empresas de menor porte foram as que ajudaram a puxar o total de exportadores. Em 2013, 21,8 mil companhias venderam ao exterior, considerando todas as faixas. Neste ano, até outubro, o total chegou a 24,3 mil.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicada em 2016, ajuda a entender alguns dos problemas do exportador brasileiro para se manter no mercado internacional: custo de transporte e tarifas de portos e aeroportos.
“No passado, a gente reclamava dos países que colocavam barreiras, hoje os maiores entraves são internos”, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele lembra que as exportações brasileiras também são muito concentradas nos países da América Latina. “O Brasil acaba dependendo em dobro das commodities, tanto para melhorar o saldo do País quanto para que seus vizinhos consigam comprar mais produtos brasileiros.” / COLABOROU JAMIL CHADE
Governo admite que abertura está atrasada
Integrantes do governo brasileiro reconhecem que o País está atrasado em abrir o seu mercado e, com isso, desperdiça oportunidades de crescimento econômico. “Depois da abertura do mercado nos anos 1990, as tarifas de importação caíram muito pouco”, observou o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida. 
Ele considera que a maior integração comercial é essencial para impulsionar o crescimento. Citou como exemplo a Embraer, que compete no mercado mundial porque importa o que há de melhor para seus aviões (leia mais abaixo). Uma economia forte, disse, exporta muito, mas também importa muito. 
Essa, porém, não é a realidade de toda a indústria. Setores mais afetados pela competição de importados apontam a elevada carga tributária, a infraestrutura ruim e a falta de crédito para justificar sua fragilidade.
Embora tenha caído duas posições no ranking global do relatório Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil avançou dez posições em facilidade de comércio. Isso é resultado dos poucos avanços na implementação do Portal Único na época em que o relatório foi feito, segundo o secretário de Comércio Exterior, Abrão Árabe Neto. O Portal reúne as duas dezenas de órgãos públicos que atuam no comércio exterior. 
O atual governo também busca ampliar os acordos comerciais do Brasil. O maior deles é o do Mercosul com a União Europeia. Estão na mira o Canadá, o Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), a Coreia do Sul e os países da Asean (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar e Laos). 
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,sem-acordos-internacionais-brasil-perde-espaco-no-comercio-global,70002089464

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Governo lança o StartOut Brasil para internacionalizar 60 startups brasileiras a cada ano




















São Paulo – As startups brasileiras terão, a partir desta sexta-feira, mais um incentivo para se internacionalizar. Foi lançado, em São Paulo, o StartOut Brasil, novo programa do governo federal que levará, por ano, 60 empresas para participar de semanas de imersão nos mais variados ecossistemas de inovação do mundo. O governo investirá R$ 3 milhões por ano no projeto.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) é um dos realizadores do StartOut Brasil. Como explicou o secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, a expectativa do governo é que as empresas tenham um maior volume de negócios no exterior e tragam boas práticas de gestão dos mercados de inovação mais maduros.
Para isso, as empresas selecionadas para participar do programa receberão apoio em todas etapas do processo de internacionalização. “O MDIC, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, Apex-Brasil, Sebrae e Anprotec, estará ao lado das startups do momento de planejamento ao softlanding, que é quando elas chegam no mercado de destino para se instalarem. Nós temos certeza que as empresas irão conquistar o mundo com o StartOut Brasil”, declarou Souza no lançamento do evento.
Primeira missão
A primeira missão será realizada de 3 a 8 de dezembro, em Paris. Uma das empresas selecionadas foi o Portal Telemedicina, uma plataforma que utiliza inteligência artificial para  processamento de exames e informações médicas. Para Rafael Figueroa, CEO da empresa, a viagem a Paris será uma oportunidade para ampliar a rede de contatos no exterior.
“É muito importante as startups brasileiras já nascerem com mentalidade global. Isso nos torna mais competitivos lá fora. E, com certeza, participando de uma missão organizada pelo governo brasileiro, teremos acesso facilitado a especialistas, investidores e empreendedores franceses, o que será muito importante para nosso processo de internacionalização”, disse.
Além da Portal Telemedicina, outras 13 startups irão participar da missão em Paris. Confira a lista: Molegolar, Sellead, N2N Virtual, Asel Tech, Aya Tech, SimbioCheckmob, Synappse Assist, Birdmind, Biosolvit, Ergon Projetos, Noeh e Filho sem fila.
StartOut Brasil
O StartOut Brasil selecionará, por ciclo de imersão, até 15 startups com potencial de internacionalização para participar de missões no exterior. As empresas terão acesso à consultoria especializada em internacionalização, mentoria com especialistas no mercado de destino e treinamento de pitch. Além disso, durante a missão, cumprem agenda de trabalho montada para promover a prospecção de clientes e investidores e a conexão a ambientes de inovação, com visita a aceleradoras e incubadoras. Também são realizados seminários de oportunidades e reuniões com prestadores de serviço. No último dia da missão, é realizado um demoday para investidores.
Quando retornam ao Brasil, as empresas terão apoio para definir sua estratégia de internacionalização e realizar a efetiva instalação no mercado-alvo (softlanding).
Próximos destinos
Em outubro, 13 startups participaram da missão piloto do StartOut Brasil, em Buenos Aires, na Argentina. A iniciativa fez parte de uma ação conjunta entre os governos do Brasil e da Argentina para aproximar os ecossistemas de inovação dos dois países.
Confira a programação completa da missão em Buenos Aires
No ano que vem, serão realizadas quatro missões de internacionalização. Em maio, as startups brasileiras terão a oportunidade de conhecer o ambiente de inovação de Berlim. No segundo semestre, as empresas serão irão a Miami e Lisboa, em agosto e novembro.
(*) Com informações do MDIC

https://www.comexdobrasil.com/governo-lanca-o-startout-brasil-para-internacionalizar-60-startups-brasileiras-cada-ano/

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Brasil perde espaço no comércio global









São Paulo, Brasília e Genebra – Sem acordos internacionais de peso e sendo considerado um dos países mais fechados do mundo, o Brasil vem perdendo ano a ano espaço no comércio internacional.

O País, que em 2011 chegou a ter uma participação de 1,4% nas exportações e importações globais, viu essa fatia cair para 1,1% no ano passado. Entre os maiores exportadores, chegou a ocupar a 22.ª posição em 2013, mas caiu para o 26.º posto no ano passado, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Embora esteja encolhendo lá fora, o Brasil vive um momento em que exporta bem mais do que compra do exterior. De janeiro a outubro, o saldo foi positivo em US$ 58,5 bilhões – o maior superávit da série histórica. Só que o desempenho se deve, sobretudo, ao crescimento dos preços das commodities. Nos produtos de maior valor agregado, o País ainda sofre com a falta de competitividade.
“Comemorar a alta nas exportações é correto, mas o fato de o Brasil ser fechado cobra um preço caro na qualidade das nossas exportações. Só exporta bem quem consegue importar sem tantas barreiras”, diz a professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Lia Valls.
Especialistas consultados pelo Estado lembram que o Brasil é corretamente retratado pela OMC como uma economia amplamente movida pelo mercado interno. “Temos um mercado consumidor grande e é até natural que as empresas nacionais se voltem para ele”, diz Lia.
Ao se considerar a participação das importações no PIB (indicador construído pelo Banco Mundial), de 12,1% no ano passado, o Brasil acaba figurando na lista dos países mais fechados do mundo. O porcentual é menos de um terço que o do México, por exemplo.
“O baixo grau de integração ao comércio mundial desestimula tanto a inovação quanto a competitividade internacional das empresas”, afirma Sandra Rios, do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes). “Isso reflete a política comercial brasileira, que privilegia o desenvolvimento de uma indústria integrada verticalmente e voltada para o mercado interno.”
O resultado desse cenário é a má alocação dos recursos produtivos, a baixa incorporação de avanços técnicos e a reduzida inserção no comércio internacional de manufaturados. “Na saída da recessão econômica, o País continua dependente do mercado doméstico para a retomada do nível de atividade da indústria”, diz Rios.
Plano B
Com o mercado interno em baixa nos últimos anos, o que os analistas esperavam era que houvesse uma explosão no número de empresas brasileiras exportadoras em todos os níveis, mas isso não ocorreu.
Mais de 300 empresas deixaram de exportar nas maiores faixas de valor, acima de US$ 5 milhões, entre 2013 – quando a recessão ainda não tinha começado – e outubro deste ano. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
A Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, e uma das principais exportadoras de manufaturados do País, viu suas vendas externas de compressores para refrigeração caírem 40% nos últimos cinco anos (leia mais na B3).
O crescimento no número de exportadores ocorreu apenas na base, entre os que comercializaram até US$ 5 milhões no ano. Essas empresas de menor porte foram as que ajudaram a puxar o total de exportadores. Em 2013, 21,8 mil companhias venderam ao exterior, considerando todas as faixas. Neste ano, até outubro, o total chegou a 24,3 mil.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicada em 2016, ajuda a entender alguns dos problemas do exportador brasileiro para se manter no mercado internacional: custo de transporte e tarifas de portos e aeroportos.
“No passado, a gente reclamava dos países que colocavam barreiras, hoje os maiores entraves são internos”, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele lembra que as exportações brasileiras também são muito concentradas nos países da América Latina. “O Brasil acaba dependendo em dobro das commodities, tanto para melhorar o saldo do País quanto para que seus vizinhos consigam comprar mais produtos brasileiros.”As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
https://exame.abril.com.br/economia/brasil-perde-espaco-no-comercio-global/

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Brasil e Turquia promovem Fórum de Negócios em SP para tratar de comércio e investimentos
















Da Redação
Brasília – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), com o apoio do Conselho de Relações Econômicas Exteriores da Turquia (DEIK) e do Consulado-Geral da Turquia em São Paulo promovem nesta quinta-feira (9), das 9h30 ao meio-dia, o Fórum de Negócios Brasil-Turquia.
O evento tem por objetivo discutir as relações entre os dois países, com vistas a fortalecer os negócios e investimentos Brasil-Turquia, com foco especial nos setores do agronegócio (especialmente na área da fruticultura), mídias sociais, autopeças, equipamentos de segurança eletrônica, turismo, logística, telecomunicações, sistemas de monitoramento e indústria têxtil.
A abertura do seminário estará a cargo de Elias Hadddad (Vice-presidente da Fiesp), Ali Kaya Savut (Embaixador da Turquia no Brasil) e Mehmet Demir Sarman (Presidente do DEIK/Conselho Empresarial Brasil-Turquia). A seguir, um representante da Fiesp fará uma apresentação sobre o Panorama da Economia Brasileira, enquanto Mehmet Demir Sarman falará sobre o Panorama da Economia Turca. Finalizando o evento haverá uma sessão de perguntas e respostas.
O Fórum em São Paulo acontecerá num momento em que o comércio turco-brasileiro vive um momento de forte alta das exportações nos dois sentidos. De janeiro a outubro as exportações brasileiras tiveram um aumento de 29,66% e somaram US$ 1,485 bilhão, enquanto as vendas turcas ao Brasil cresceram 19,11% para US$ 387 milhões. A balança bilateral proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 1,098 bilhão nos dez primeiros meses do ano.
Do lado brasileiro foram registrados aumentos nas exportações de todas as categorias de produtos. A venda de produtos básicos, principais itens na pauta exportadora, teve uma alta de 20,1% e totalizou US$ 714 milhões, respondendo por 48,1% das vendas totais ao mercado turco. Em relação aos produtos semimanufaturados o aumento foi de 52,3% e a receita somou US$ 308 milhões, equivalentes a 20,8% do total embarcado. Por outro lado, as exportações de bens manufaturados geraram uma receita de US$ 445 milhões, com um acréscimo de 34,0% em relação aos dez primeiros meses de 2017.
Entre os principais itens vendidos pelo Brasil à Turquia se destacam produtos laminados de ferro ou aços (US$ 223 milhões), minério de ferro (US$ 184 milhões), produtos laminados planos de ferro ou aços (US$ 152 milhões), algodão em bruto (US$ 135 milhões) e café cru em grãos (US$ 118 milhões).
Em contrapartida, a Turquia tem nos produtos industrializados, de maior valor agregado, o carro-chefe de suas exportações para o Brasil. Eles responderam por 86,7% do total embarcado para o mercado brasileiro, no total de US$ 336 milhões. Os principais itens exportados foram demais produtos manufaturados (US$ 40 milhões), partes e peças para automóveis (US$ 30 milhões), fios de fibras têxteis (US$ 21 milhões), óleos combustíveis (US$ 19 milhões) e demais produtos básicos (US$ 16 milhões).


https://www.comexdobrasil.com/brasil-e-turquia-promovem-forum-de-negocios-em-sp-para-tratar-de-comercio-e-investimentos/

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Mapa afirma que o Brasil tem atendido solicitações que facilitam o Acordo Mercosul e UE








01 de novembro de 2017
O Brasil tem atendido demandas dos europeus que facilitam a criação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, disse nesta terça-feira (31), o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a parlamentares que recebeu em reunião, representando os dois blocos econômicos. “Da nossa parte, temos todo o interesse de que o acordo ande e seja bom para os dois lados”, disse o ministro, que solicitou aos europeus o atendimento de reivindicações apresentadas pelo Brasil.
O ministro lembrou que, após a visita que fez ao parlamento da UE, em janeiro deste ano, muitas reivindicações foram contempladas pelo governo brasileiro. Por exemplo, a liberação para a entrada de carne de coelho da Espanha, peras da Bélgica, produtos lácteos e carne suína dos Países Baixos e pescados de Portugal.
Apesar de ainda haver impasses e pendências, os representantes europeus asseguraram que a maioria dos deputados tem interesse em fechar acordo com o Mercosul. Uma das discussões em curso está relacionada à aprovação de indicações geográficas em produtos similares produzidos na América do Sul e Europa e que se encontram em consulta pública.
Os deputados europeus pediram ao ministro Blairo Maggi informações sobre questões fitossanitárias e receberam a garantia de que os produtos brasileiros têm qualidade e que o sistema de fiscalização brasileiro é robusto. Maggi lembrou que na operação Carne Fraca houve falha de comunicação e, por isso, produtos brasileiros geraram questionamentos, mas acredita que isso esteja superado. “Houve comunicação errada”, explicou o ministro, acrescentando que “distorções trouxeram problemas. Mas, muito rapidamente, houve a compreensão de que havia exageros na divulgação”.
Maggi observou que após o episódio da Carne Fraca, países compradores passaram fiscalizar 100% dos containers de carnes exportados e que não foram encontradas inconformidades nos produtos.
Os parlamentares europeus impressionaram-se com números apresentados pelo ministro Blairo Maggi em relação à questão ambiental. De acordo com dados da Embrapa Monitoramento por Satélite, a partir do Cadastro Ambiental Rural (CAR), atualizados em 2017, e confrontados com outras fontes disponíveis, 66,3% do território nacional está coberto de vegetação nativa.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa

http://www.investexportbrasil.gov.br/mapa-afirma-que-o-brasil-tem-atendido-solicitacoes-que-facilitam-o-acordo-mercosul-e-ue

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Número de empresas do Brasil exportando pela 1ª vez mais que dobra em 2016


Maioria das companhias que estrearam no mercado externo 

realizaram remessas de até US$ 1 milhão, aponta estudo.

Por Karina Trevizan *, G1
 
om o consumo em baixa no Brasil, o número de empresas locais de olho no mercado externo aumentou durante a crise. Em 2016, a quantidade de companhias que exportaram produtos pela primeira vez mais que dobrou, e atingiu o maior valor já registrado.
No ano passado, 4.843 empresas brasileiras venderam produtos para outros países pela primeira vez – um aumento de 149% em relação a 2015. Antes, o aumento do número total de empresas exportadoras brasileiras havia sido de 7,3% - de 10.289 em 2015 para 11.048 em 2016. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Investe São Paulo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), divulgado ao G1.
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
Cresce o número de empresas do Brasil que exportaram pela primeira vez (Foto: G1 )
A pesquisa também mostra que aumentou a proporção de empresas estreantes entre o total de exportadoras. Em 2016, 43% de todas as exportadoras brasileiras fizeram esse tipo de operação pela primeira vez, contra 18% do ano anterior.
Sérgio Costa, diretor de novos negócios da Investe São Paulo, aponta que, além do consumo mais fraco no Brasil, a desvalorização do real nos últimos anos em relação dólar também despertou o interesse das empresas pelo mercado externo. “A desvalorização cambial abriu uma janela de possibilidades, porque tornou o produto brasileiro mais competitivo lá fora do ponto de vista do preço.”
Adriana Rodrigues, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aponta que o aumento da quantidade de empresas interessadas em ingressar no mercado interno foi muito perceptível em 2016.
Ela é coordenadora do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Apex, que atende, em média, 3 mil empresas por ano prestando consultoria a quem deseja exportar. Somente em 2016, 2.145 das empresas atendidas estavam à procura de orientação para exportar pela primeira vez.
“Provavelmente o resultado disso vai ser visto agora em 2017, porque o processo de exportação leva um tempo não só na preparação da empresa, mas também na negociação. A gente teve em 2016 um crescimento no interesse. Em 2017, vamos ter um número expressivo de novas empresas exportando”, prevê Adriana.
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Empresários se cumprimentam em rodada de negócios de exportação em São Paulo (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)

O perfil das estreantes

Segundo o levantamento da Investe São Paulo, quase todas as empresas que estrearam no mercado externo em 2016 realizaram remessas de até US$ 1 milhão. Apenas 6% dos exportadores iniciantes, aproximadamente, fizeram operações acima desse valor.
A pesquisa também aponta que São Paulo liderou o avanço. Das 4.843 empresas que exportaram pela primeira vez, 2.010 são paulistas – ou 41%.
Uma das empresas paulistas que entraram no mercado externo em 2016 foi a NSF, que é de São Carlos, tem 450 funcionários e fabrica prateleiras para supermercados. No ano passado, a empresa fez uma venda no valor de US$ 170 mil para o Paraguai, sua primeira remessa internacional.
A empresa não informou quanto isso representa em seu faturamento total do ano. De qualquer forma, Walcenir Queiroz, gerente de vendas da empresa, diz que não seria correto dizer que esse valor “salvou” a companhia do desaquecimento do mercado interno brasileiro em meio à crise, mas “mostrou que existem outros caminhos”. “O resultado foi muito positivo, uma demonstração de que temos capacidade, produto de qualidade para atender o mercado externo, principalmente na América Latina.”
“Quando o mercado brasileiro estava com uma demanda muito boa, há cerca de 12 anos, nós não tínhamos como atender aos dois segmentos”, diz Queiroz, referindo-se aos mercados interno e externo. A partir de 2014, quando o consumo no Brasil passou a dar sinais de recuo, “a empresa começou a perceber que dava para atender o mercado externo”, conta o gerente de vendas.
Após a primeira remessa para o Paraguai em 2016, a NSF tentou ainda exportar para a Colômbia, mas perdeu a concorrência para uma empresa alemã. Mesmo assim, a companhia segue com projetos para exportar para o país, com representante comercial local para buscar novos negócios por lá. A NSF também se prepara para negociar com empresas compradoras no Chile.
“Agora, falta realmente nos estruturarmos, arrumarmos pessoas que nos representem nesses países. Isso é um processo que demanda um pouco mais de tempo, e eventuais participações em feiras de negócios”, diz Queiroz.
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Feiras e rodadas de negócios são opções para empresas que querem buscar compradores no mercado externo (Foto: Divulgação / Apex)
Há também empresas grandes na lista de empresas que exportaram pela primeira vez em 2016. Do setor automotivo, três fabricantes de automóveis instaladas no Brasil exportaram pela primeira vez no ano passado.
A Nissan, sediada em Resende (RJ) enviou 3.690 unidades dos modelos March e Versa para Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. No início de fevereiro, a marca de origem japonesa anunciou o início das exportações também para a Argentina. De acordo com a fabricante as exportações representam cerca de 10% de toda a produção na unidade.
A Hyundai Motor Brasil, que tem fábrica em Piracicaba (SP), vendeu 1.212 unidades da família HB20 para o Paraguai e o Uruguai. Já a alemã BMW firmou acordo com os Estados Unidos para exportar 10 mil carros feitos em Araquari (SC) ao país. Até o final de 2016, foram enviados 3,7 mil veículos do modelo X1.

Primeiros passos

Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Em visita técnica, mulher pesquisa preços na Colômbia para avaliar oportunidades de negócios (Foto: Divulgação / Investe São Paulo)
Adriana Rodrigues e Sergio Costa apontam que entre as principais dificuldades para as empresas que querem começar a exportar, especialmente entre as pequenas e médias, está o acesso à informação. “O maior impasse é o desconhecimento sobre os processos que é preciso preparar dentro da empresa com vista a torná-la apta para a exportação", diz Costa.
“O segundo ponto é a disposição para preparar e adaptar o produto a outros mercados", acrescenta Adriana. "E isso inclui, muitas vezes, mudar a produção, o modelo de negócios.” Costa complementa apontando que as empresas precisam ter em mente as normas técnicas e sanitárias dos países para os quais se pretende vender os produtos.
Para auxiliar nessas etapas, muitas companhias acabam contratando um profissional como “trader” ou empresa consultora para a exportação. A NSF foi assessorada pela Investe São Paulo e participou do Peiex até conseguir a primeira venda externa em 2016. “De 2014 a 2015, estávamos vislumbrando uma forma de atender o mercado externo, mas nós não tínhamos um caminho”, diz Walcenir Queiroz.
Outra empresa especializada em viabilizar exportações de produtos de outras companhias é a MaxxiBrands, que em 2016 trabalhou nas transações de 3 que exportaram seus produtos pela primeira vez. “Em outubro, a MaxxiBrands fez sua primeira exportação direta, para Angola. Desde então, já embarcamos calçados para esse país, além de roupas de praia e fitness para a Bolívia, sacos plásticos de mudas de plantas para Cuba e estamos fechando novos negócios no setor de alimentos na Colômbia”, conta o empresário Luiz Magno.
Magno aponta que “a maioria das indústrias só está procurando exportar depois que a crise bateu, tentando compensar a queda do mercado interno”, mas defende que “o ideal é que as exportações já façam parte do plano de negócios”. Sergio Costa também defende a importância estratégica das exportações, e não apenas “emergencial”. “Nos últimos anos, empresas brasileiras faziam exportação uma vez e abandonavam sua presença no mercado internacional. O concorrente pega aquela fatia, e depois é muito difícil recuperá-la.”
* Colaborou André Paixão